
Não foi um dia qualquer na pacata Rio das Ostras. Na última terça-feira, o que começou como uma brisa marinha comum se transformou num espetáculo de força bruta da natureza — e nem um pouco agradável. O litoral fluminense levou um susto e tanto com uma ressaca que deixou até os mais antigos moradores de queixo caído.
Paredões de água avançaram sobre a orla como se fossem de mentira — só que a destruição deixada pra trás era bem real. "Nunca vi nada igual nos meus 62 anos vivendo aqui", confessou seu Antônio, dono de uma barraca de praia que, digamos, "ganhou" uma reforma involuntária.
O dia em que o mar resolveu invadir a cidade
Por volta das 5h da manhã — horário em que até os pescadores mais madrugadores ainda estão se espreguiçando — as primeiras ondas monstro já batiam recordes. Algumas chegaram a incríveis 4 metros (sim, você leu certo), engolindo quiosques, virando carrinhos de praia e transformando a Avenida Costeira numa versão caótica de Veneza.
- Ventos de até 80 km/h — suficientes pra fazer voar até sombrinhas bem presas
- Quatro quiosques completamente destruídos (e vários outros danificados)
- Trechos da ciclovia literalmente desapareceram sob as águas
- Árvores arrancadas pela raiz como se fossem gravetos
E o pior? A Defesa Civil teve que agir rápido, retirando famílias inteiras de áreas de risco. "Parecia cena de filme", relatou uma moradora que preferiu não se identificar — provavelmente ainda tentando processar o susto.
E agora, José?
Enquanto os moradores começam o trabalho de "redescobrir" suas posses sob a lama e a areia, os meteorologistas explicam que essa loucura toda veio de uma combinação perigosa: um sistema de baixa pressão no oceano mais ventos intensos em altitude. Traduzindo: receita perfeita para o caos.
O prefeito, em entrevista coletiva, prometeu ajuda aos afetados — mas entre uma promessa e outra, os moradores seguem contando os prejuízos. Barracas de praia que eram o sustento de famílias inteiras agora não passam de madeira esfacelada. "É de cortar o coração", desabafa Dona Maria, que há 20 anos trabalhava no mesmo quiosse.
PS: Se você tinha planos de ir à praia neste fim de semana, melhor conferir a previsão antes. O mar pode estar bonito, mas depois dessa, quem sabe quando ele vai decidir "brincar" de novo?