
Parece que as águas resolveram reclaimar seu território em Iranduba, e a situação tá feia, viu? Não é exagero dizer que a cidade virou praticamente um espelho d'água, com ruas transformadas em canais e casas engolidas pela força implacável do Rio Negro.
O governo federal, pressionado pela magnitude do desastre, finalmente acionou o botão de emergência. Foi publicado no Diário Oficial da União dessa sexta-feira (22) o reconhecimento da situação de emergência no município. Traduzindo: abre-se um caminho mais rápido para a liberação de verba e recursos críticos.
O Estrago das Águas
Quem mora lá já perdeu as contas de quantas enxurradas já enfrentou, mas essa... essa foi diferente. A Defesa Civil estadual soou o alarme depois que a cota do rio atingiu níveis que poucos se lembram de ter visto. A água não pediu licença – invadiu tudo, arrastando o cotidiano de centenas de famílias.
- Vias públicas intransitáveis, completamente submersas
- Residências inundadas, com perdas materiais incalculáveis
- Comércio local paralisado, com prejuízos que doem no bolso
- E o pior: o risco constante à segurança das pessoas
Não é apenas água, é uma crise humanitária se desenhando no coração da Amazônia.
E Agora, José?
Com o reconhecimento federal, a máquina pública (em tese) deve engrenar. A expectativa é que recursos para assistência humanitária, reconstrução de infraestrutura e auxílio às famílias desabrigadas cheguem com mais agilidade. Mas sabemos como é – entre o papel e a realidade, muitas vezes há um abismo de burocracia.
A Defesa Civil Nacional agora coordena as ações com o estado e o município. A prioridade número um é garantir que ninguém fique desamparado. Alimentos, água potável, colchões, cobertores e kits de higiene estão no topo da lista de necessidades.
É um daqueles momentos que a gente se pergunta até quando a natureza vai cobrar a sua fatura. Enquanto isso, a população de Iranduba segue resiliente, tentando manter a cabeça fora d'água literal e figurativamente.