
O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) está exigindo respostas do Metrô sobre as falhas de segurança nas portas dos trens da Linha 5-Lilás, onde um passageiro morreu após ficar preso no equipamento. O caso, ocorrido em maio de 2025, reacendeu o debate sobre a manutenção preventiva no sistema metroviário.
O que aconteceu?
Segundo relatos, o passageiro ficou preso nas portas automáticas de um vagão na estação Chácara Klabin. Apesar dos esforços de outros usuários e da equipe de emergência, o homem não resistiu aos ferimentos. Testemunhas afirmam que o sistema de sensores não acionou o bloqueio de fechamento das portas.
Cobranças do Tribunal
Em ofício enviado à companhia, o TCE-SP questiona:
- Por que os mecanismos de segurança falharam mesmo após inspeções recentes?
- Quais as medidas emergenciais adotadas para evitar novos incidentes?
- Se há substituição programada dos sistemas antigos de portas
O Metrô tem 15 dias para apresentar laudos técnicos e um plano de ação detalhado.
Reação do Metrô
Em nota preliminar, a empresa afirmou que "lamenta profundamente o ocorrido" e que está reforçando a fiscalização em todas as estações. A Linha 5-Lilás, administrada pela concessionária ViaMobilidade, já registrou outros problemas estruturais desde sua privatização em 2018.
Dados preocupantes
Relatórios internos obtidos pela imprensa mostram que:
- 35% das portas da frota têm mais de 10 anos de uso
- As manutenções corretivas aumentaram 22% no último ano
- Só em 2025, já houve 47 reclamações sobre mau funcionamento
Especialistas em transporte urbano alertam que o envelhecimento da frota exige investimentos urgentes em modernização.