Quatro dias de angústia. Foi assim para a família de um senhor de 72 anos que simplesmente sumiu em Januária, no norte de Minas. Quando finalmente o acharam — num daqueles milagres que a gente torce pra acontecer —, o quadro não era nada bonito: desidratação na veia, fraco que só, quase sem reagir.
Segundo os bombeiros que trabalharam no resgate, o idoso tava num estado lastimável. "Parecia que tinha enfrentado o sertão inteiro sozinho", contou um dos socorristas, ainda abalado. O calor de rachar desses dias não ajudou — e olha que Januária não tá nem perto de ser o pior lugar nesse quesito.
Como tudo aconteceu?
O sumiço começou numa terça-feira qualquer. O velhinho saiu pra dar sua caminhada diária e... puff, virou fumaça. A família, claro, entrou em desespero. Vizinhos, amigos, até gente que mal conhecia o homem se juntou nas buscas. Nada.
- Primeiro dia: buscas nos arredores da casa
- Segundo dia: expansão para áreas rurais
- Terceiro dia: helicóptero acionado
- Quarto dia: achado num terreno baldio a 3km de casa
Parece até roteiro de filme, mas é a pura verdade. O pior? O médico que atendeu o caso disse que mais umas horinhas naquele sol e a história podia ter terminado muito mal. "Desidratação nível hard mesmo", nas palavras dele.
E agora?
O idoso segue internado — estável, graças a Deus —, mas ainda bem fraco. Os médicos tão hidratando ele aos poucos, pra não sobrecarregar o corpo já castigado. A família, entre aliviada e revoltada, quer saber como isso foi acontecer. Cadê os vizinhos? Cadê a assistência social? Perguntas que ficam no ar...
Enquanto isso, o caso reacendeu a discussão sobre o sumiço de idosos no interior. Só esse ano, já são 5 casos parecidos na região. Alguém tá anotando isso aí?
