
Imagine um cenário onde a tecnologia nacional ganha asas — literalmente. Foi exatamente isso que o CEO da Speedbird Aero, Bruno Suzuki, sugeriu em uma conversa recente. "Se a FAB quiser nossos drones, teremos o maior prazer em conversar", soltou ele, com um misto de confiança e entusiasmo.
Não é todo dia que uma empresa brasileira coloca seus produtos no radar das Forças Armadas, não é mesmo? A Speedbird, sediada em São José dos Campos (SP), já vem chamando atenção no mercado de veículos aéreos não tripulados. E olha que não é por acaso — seus drones são projetados para missões de vigilância, mapeamento e até logística em áreas de difícil acesso.
Por que a FAB deveria olhar para essa parceria?
Dois motivos saltam aos olhos: soberania tecnológica e custo-benefício. Enquanto outros países correm para dominar esse mercado, o Brasil tem aqui uma oportunidade de ouro para fortalecer sua indústria de defesa. Sem contar que drones nacionais significam menos dependência de peças e manutenção no exterior.
"Já provamos nossa capacidade em projetos civis", comenta Suzuki, referindo-se aos contratos com empresas de energia e agronegócio. "Agora, queremos mostrar que também podemos contribuir com a segurança nacional."
O que torna esses drones especiais?
- Autonomia de voo superior a 6 horas
- Sistemas de câmeras com visão noturna
- Capacidade de operar em condições climáticas adversas
- Tecnologia 100% desenvolvida no Brasil
E tem mais: a empresa já está trabalhando em modelos com maior capacidade de carga — perfeitos para transporte de suprimentos em áreas remotas. Alguém aí pensou na Amazônia?
Enquanto o Ministério da Defesa não se pronuncia oficialmente, uma coisa é certa: o setor de drones no Brasil está decolando. E desta vez, com tecnologia genuinamente nacional. Resta saber se as autoridades vão aproveitar o embalo ou deixar a oportunidade voar — literalmente — para as mãos de concorrentes estrangeiros.