
Não é todo dia que um prédio inteiro vira um "fantasma" no meio da cidade, mas foi exatamente isso que aconteceu em Fortaleza. Um edifício residencial, que até então abrigava dezenas de famílias, foi completamente esvaziado depois que um laudo técnico — daqueles que fazem a gente segurar a respiração — apontou risco real de desabamento. E olha, não era alarme falso: rachaduras profundas, infiltrações que pareciam mapas de rios e estruturas comprometidas. A Defesa Civil não teve dúvidas: era hora de tirar todo mundo dali.
Mas calma, a história não termina aí. Enquanto os moradores ainda estão "hospedados" em abrigos temporários (sim, com direito a café coado e aquele pão de queijo de boteco), as equipes já estão a todo vapor nos trabalhos de prevenção. Segundo fontes da prefeitura, as obras incluem desde reforço nas fundações — aquela parte que ninguém vê, mas segura tudo — até a troca de vigas que estavam "cansadas" de tanto trabalhar. O prazo? Entre 30 e 45 dias, mas todo mundo sabe que obra no Brasil tem sempre um "depende" embutido.
E os moradores?
Ah, essa é a parte que dói. Imagine ter que sair de casa com o que couber nas mãos e torcer para que o prédio aguente o tranco das reformas. Alguns estão com parentes, outros em hotéis pagos pela prefeitura (sem serviço de quarto, claro). "É um sufoco, mas melhor isso do que acordar debaixo dos escombros", disse uma senhora de 68 anos, que preferiu não se identificar — afinal, ninguém gosta de dar entrevista de pijama.
O que deu errado?
- Falta de manutenção (aquela velha história de deixar pra depois)
- Infiltrações que viraram "caça-tesouros" nas paredes
- E o pior: reformas clandestinas que fizeram o prédio gemer de dor
Por enquanto, o que resta é acompanhar os tapas e beijos da engenharia. E torcer — muito — para que dessa vez o conserto seja pra valer. Afinal, como diz o ditado: "casa segura é como feijoada, tem que ter alicerce forte e nenhum grilo solto".