
O cheiro de fumaça ainda paira no ar, mesmo dias depois do susto. O Mercadão de Piracicaba, aquele ponto turístico que todo mundo adora, virou notícia por um motivo nada agradável: um incêndio de proporções consideráveis. Mas aqui vem o pulo do gato — a perícia tá usando um negócio de outro mundo, um scanner 3D, pra desvendar se foi acidente ou coisa de gente sem-vergonha.
Parece filme de ficção científica, mas é pura realidade. Os peritos passaram horas mapeando cada cantinho do local, criando uma réplica digital tão precisa que até as cinzas contam uma história. "É como se a gente estivesse congelando o tempo no exato momento do sinistro", explicou um dos técnicos, que preferiu não se identificar.
O que o scanner pode revelar?
Essa máquina — que parece ter saído direto de um episódio de CSI — é capaz de:
- Identificar padrões de propagação das chamas
- Detectar múltiplos focos de incêndio (o que pode indicar ação criminosa)
- Reconstruir digitalmente objetos consumidos pelo fogo
E olha só que curioso: enquanto a tecnologia avança, os moradores mais antigos da cidade ficam naquele misto de admiração e desconfiança. "No meu tempo, investigação era com lupa e caderninho", brincou Seu Antônio, 78 anos, enquanto observava o trabalho da perícia de longe.
E agora, o que acontece?
A previsão é que os laudos preliminares saiam em até 15 dias — embora ninguém segure a ansiedade da galera. O Mercadão é mais que um ponto comercial; é parte da identidade da cidade. Enquanto isso, o local segue interditado, com aquela cara de "abraço apertado depois do susto".
Uma coisa é certa: Piracicaba não vai deixar barato. Se for caso de sabotagem, pode ter certeza que vão descobrir. A tecnologia tá aí pra isso, e o povo da cidade tá de olho. Como dizia minha avó: "fogo não come sem deixar marcas" — e dessa vez, elas podem estar em alta definição.