Mercadão de Piracicaba: Veja as imagens chocantes do antes e depois do incêndio que mudou a cidade
Mercadão de Piracicaba: antes e depois do incêndio devastador

Quem conhece o Mercadão de Piracicaba sabe: era mais que um ponto de compras – um pedaço da alma da cidade. Agora, só restam memórias e imagens que doem no peito.

Naquela madrugada de quinta-feira, as chamas não pouparam nada. Nem o cheiro de café fresco, nem os balcões de madeira envelhecida pelo tempo. O fogo, caprichoso e cruel, refez a paisagem em horas.

O que se foi

Lembra daquela banca de temperos, onde dona Marta atendia há 30 anos? Pois é. Virou cinza. E o açougue do seu João, com aquela tábua marcada por facadas do tempo? História.

  • Estrutura centenária reduzida a esqueletos metálicos
  • Boxes que abrigavam gerações de comerciantes – destruídos
  • Arquitetura histórica que resistiu a décadas, não sobreviveu a uma noite

E agora?

Os bombeiros chegaram rápido, mas o suficiente pra quê? O mercado já estava entregue às chamas quando a primeira mangueira cuspiu água. Dois dias depois, o cheiro de queimado ainda paira no ar – e na alma dos piracicabanos.

As imagens são duras. De um lado, o Mercadão pulsando vida. Do outro, um cenário pós-apocalíptico que nem Hollywood ousaria filmar. Difícil acreditar que é o mesmo lugar.

"Parece que arrancaram um pedaço da nossa história", desabafa uma comerciante de 62 anos, entre lágrimas.

A prefeitura promete reconstruir. Mas todos sabem: certas coisas não se refazem. O cheiro do pão saindo do forno às 5h, as piadas dos feirantes no café da manhã, o barulho das facas amoladas – isso era patrimônio imaterial.

E os comerciantes?

Uns choram. Outros praguejam. A maioria só fica olhando, sem acreditar. São mais de 50 famílias que acordaram sem sustento. Sem futuro. Sem chão.

Enquanto isso, os curiosos passam devagar, fotografam com os celulares. Alguns rezam. Outros só balançam a cabeça. A cidade nunca mais será a mesma.