Imagine acordar numa manhã qualquer e descobrir que seus vizinhos estão literalmente 'ligados' num esquema que drena energia — e dinheiro — do sistema elétrico. Pois é exatamente isso que acontece no Distrito Federal, onde mais de 2 mil brasilienses resolveram fazer o famoso 'gato' na rede.
Segundo a Neoenergia, concessionária responsável pelo serviço, o prejuízo causado por essas ligações irregulares já beira o milhões de reais. E olha que não estamos falando de casos isolados: a prática virou quase uma epidemia em algumas regiões.
Onde o calo aperta
As áreas mais afetadas? Ceilândia, Samambaia e Taguatinga lideram o ranking — lugares onde, convenhamos, a conta de luz pesa no bolso do trabalhador. Mas será que justifica virar 'Robin Hood da energia'? A Neoenergia garante que não.
"Quando alguém furta energia, todos pagam a conta", explica um técnico da empresa, que prefere não se identificar. Ele conta que os fraudadores usam desde gambiarras caseiras até técnicas mais sofisticadas para burlar os medidores.
Risco que ninguém vê
O pior nem é o prejuízo financeiro. Essas ligações clandestinas são bombas-relógio — e não é força de expressão. Só no ano passado, 15 incêndios em residências foram causados por instalações elétricas irregulares. Quer risco maior que colocar fogo na própria casa para economizar uns trocados?
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A Neoenergia já começou uma força-tarefa para identificar e regularizar essas ligações. E tem mais: quem for pego pode responder na Justiça por furto de energia. A multa? Até 30 vezes o valor do consumo irregular.
Enquanto isso, a conta continua chegando — e todo mundo paga a conta dos espertinhos. Literalmente.
