Fogo consome fábrica de recicláveis em Manaus: prejuízos são incalculáveis
Incêndio destrói fábrica de recicláveis em Manaus

O céu alaranjado sobre a Zona Leste de Manaus na madrugada desta sexta-feira não era poesia — era o reflexo de um drama real. Chamas vorazes devoraram, em poucas horas, uma fábrica inteira dedicada à reciclagem de materiais. O cheiro de plástico queimado ainda paira no ar, misturado àquele sentimento de "mais um desastre que poderia ter sido evitado".

Segundo testemunhas — e aqui a gente sempre se pergunta por que ninguém vê antes —, o fogo começou por volta das 2h da manhã. Os bombeiros, aqueles heróis de plantão, chegaram rápido, mas enfrentaram um desafio cruel: a falta de hidrantes funcionais nas redondezas. "Tivemos que trazer água de outros pontos", confessou um dos soldados, com aquela voz cansada de quem já viu cenas assim demais.

O que se perdeu além do concreto

Não foram só paredes que viraram cinzas:

  • Toneladas de materiais recicláveis prontos para processamento
  • Máquinas que custaram anos de investimento
  • Dezenas de empregos diretos — e aí a conta dói ainda mais

O dono do local, um senhor de 62 anos que prefere não se identificar, parecia ter envelhecido dez anos em uma noite. "Comecei isso aqui com as minhas próprias mãos", disse, segurando um pedaço de metal retorcido como se fosse uma relíquia familiar.

E agora?

As autoridades prometem investigar — sempre prometem, não é mesmo? — mas o cheiro no ar já diz muito: além do prejuízo material, o meio ambiente levou mais uma paulada. Com a fábrica destruída, todo aquele material reciclável vai acabar onde? Exatamente: nos aterros comuns, contribuindo para o problema que a empresa justamente combatia.

Enquanto isso, os vizinhos seguem limpando a fuligem das janelas e se perguntando quando — não se — isso vai acontecer de novo. Porque em Manaus, entre o calor e a falta de infraestrutura, o fogo sempre parece estar a um passo de virar notícia.