Numa ação que beirou o cinematográfico, policiais militares viraram heróis anônimos ao resgatar uma senhora de 78 anos — literalmente — das garras do destino. Tudo aconteceu num bairro tranquilo do Paraná, onde o silêncio da tarde foi quebrado por gritos e depois... pelo estrondo que deixou todos de cabelo em pé.
Por volta das 15h30 de sexta-feira (25), vizinhos relataram ter visto labaredas saindo de uma casa na Rua das Acácias. Enquanto uns corriam para pegar baldes d'água, outros — mais espertos — já discavam para o 190. Mas o que ninguém esperava? Que a situação ia de mal a pior num piscar de olhos.
O resgate que virou corrida contra o tempo
"Quando chegamos, a fumaça já tomava conta do quarteirão inteiro", contou o cabo Álmeida, um dos primeiros no local. Foi ele quem, com aquele faro que só quem tem anos de rua desenvolve, percebeu que na casa ao lado — a apenas 3 metros do inferno em chamas — uma idosa com dificuldade de locomoção estava encurralada.
Sem pensar duas vezes (ou melhor, pensando em mil coisas ao mesmo tempo), os PMs arrombaram a porta. Lá dentro, Dona Marta — nome fictício para preservar a idosa — tentava arrastar-se pelo corredor, desorientada com a fumaça que já invadia sua sala.
- 15h42: Os policiais entram na residência
- 15h44: Encontram a idosa semi-desacordada
- 15h46: Começam a retirada emergencial
E então... BUM! O que parecia cena de filme virou realidade. "Foi como se o chão tremesse", descreveu uma vizinha que filmou tudo. A casa em chamas simplesmente explodiu, lançando destroços a dezenas de metros. Os vidros das redondezas? Todos estilhaçados.
O que salvou vidas:
- Ação rápida dos PMs (que tiraram Dona Marta com 4 minutos de sobra)
- O fato da idosa estar no lado oposto ao da explosão
- Vizinhos que mantiveram a calma e abriram espaço para a atuação dos bombeiros
O Corpo de Bombeiros, que chegou pouco depois, levou quase duas horas para controlar totalmente as chamas. E aí vem a pergunta que não quer calar: o que causou o incêndio? Investigadores suspeitam de um vazamento de gás — aqueles casos que a gente sempre acha que "só acontece com os outros", até acontecer.
Dona Marta foi levada ao hospital municipal como medida preventiva, mas já recebeu alta. "Tá com um baita susto, mas viva da silva", brincou o neto, aliviado. Já os policiais? Recusam o título de heróis. "Fizemos o que qualquer um faria", disse o sargento responsável, enquanto ajustava o uniforme sujo de fuligem.
Moradores da região agora discutem a necessidade de mais fiscalização nas instalações de gás — especialmente em casas de idosos que vivem sozinhos. Uma lição que, infelizmente, precisou de quase-tragédia para ser aprendida.
