Trabalhadores vivendo em condições análogas à escravidão são resgatados em carvoarias clandestinas de MG
18 resgatados de carvoarias clandestinas em MG

Era um cenário que parecia saído de um filme distópico – mas era a realidade cruel de 18 trabalhadores encontrados em carvoarias ilegais no interior mineiro. A coisa toda veio à tona depois de uma denúncia anônima que fez os fiscais do Ministério do Trabalho botarem o pé na estrada.

Quando chegaram lá, o que viram era de cortar o coração: galera dormindo no chão de barracos de lona, sem água potável, sem banheiro direito – e ainda por cima devendo até a alma pros "patrões". Dá pra acreditar que em pleno 2024 ainda tem gente achando que pode tratar ser humano feito mercadoria?

O esquema criminoso

Pelo que apuraram os fiscais, os coitados eram recrutados com promessas furadas de salário bom – só que na hora H, o combinado não era cumprido. Trabalhavam de sol a sol, cortando lenha e cuidando dos fornos, sem equipamento de segurança, é claro. E se reclamassem? "Pode ir embora, mas paga a dívida primeiro".

Não é à toa que o Ministério Público já tá chamando o caso de trabalho análogo à escravidão. E olha que nem foi preciso corrente nem nada – a escravidão moderna é mais sorrateira, mas não menos cruel.

Quem responde pelo crime?

Dois empresários já foram identificados como responsáveis pelo esquema. Agora tão respondendo por um monte de coisa:

  • Submissão de trabalhadores a condições análogas à escravidão (e isso dá cadeia, viu?)
  • Danos ambientais – porque é claro que carvoaria clandestina não respeita nem lei trabalhista nem natureza
  • Fraude nos contratos – já que os documentos eram todos furados

Os resgatados, todos homens entre 20 e 45 anos, já receberam os primeiros socorros e agora tão sendo encaminhados pra assistência social. Vão receber seguro-desemprego especial e ajuda pra voltar pra casa – muitos eram de outros estados e foram enganados com promessas de emprego bom.

Enquanto isso, os fiscais continuam de olho na região. Porque infelizmente, esse não é um caso isolado. Só no ano passado, mais de 2 mil trabalhadores foram resgatados de situações parecidas pelo país afora. E pensar que tem gente que ainda acha que "trabalho escravo" é coisa do século XIX...