
Imagine a cena: água até onde a vista alcança, o sol escaldante e um barco que, de repente, decide virar um submarino sem aviso prévio. Foi assim que um grupo de pescadores viu a rotina de trabalho virar um pesadelo na Baía do Marajó nesta sexta-feira (19).
Segundo relatos, a embarcação simplesmente "capotou como se fosse uma panqueca" — nas palavras de um dos sobreviventes. E olha que esses caras conhecem as águas como a palma da mão, mas o mar, sabe como é, tem dias que acorda com vontade de pregar peças.
Longas horas no limbo
Das 7h da manhã até quase o pôr-do-sol, esses guerreiros ficaram agarrados em qualquer coisa que boiasse. Um cooler aqui, um pedaço de madeira ali — a criatividade no desespero é impressionante. O mais jovem do grupo, de 22 anos, confessou depois que "até barata d'água começou a parecer amiga".
O pior? A correnteza os arrastou para o meio do canal, onde nem sinal de celular pega direito. Você já tentou fazer um 190 sem sinal? É tipo pedir delivery no meio do deserto.
O resgate que parecia milagre
Quando o barco do resgate finalmente apareceu no horizonte, um dos pescadores — veterano de 54 anos que "já viu cada coisa" — quase chorou. E olha que homem do mar não costuma se emocionar fácil.
Os socorristas contaram que encontraram o grupo "entre aliviados e desidratados", mas com um moral que faria qualquer um se inspirar. Um detalhe curioso: um dos pescadores conseguiu salvar até o isopor com as bebidas — prioridades, né?
Depois da tempestade
No hospital municipal onde foram levados, os médicos disseram que era "surpreendente" como estavam bem, considerando o sufoco. Só uns arranhões, desidratação e histórias para contar aos netos.
Ah, e o barco? Bom, esse virou casa de peixe. Mas como diz o ditado: "barco vai, barco vem, o importante é voltar pra casa em pé". Ou melhor, nadando.