Naufrágio em Salvador: Show de Pagode em Embarcação Não Foi Comunicado à Marinha
Naufrágio em Salvador: show não foi comunicado à Marinha

Era para ser uma noite de festa sobre as águas da Baía de Todos-os-Santos, mas o que começou como celebração terminou em tragédia. Um show de pagode realizado numa embarcação que naufragou em Salvador simplesmente... não foi comunicado às autoridades marítimas. Sim, leu direito.

Segundo apurou o G1, a Capitania dos Portos não tinha nenhum registro daquele evento. Nada. Zero. Acontece que, para realizar qualquer tipo de atividade em águas brasileiras, especialmente com passageiros, é obrigatório por lei comunicar e obter autorização prévia. Algo que, aparentemente, os organizadores preferiram ignorar.

O que exatamente aconteceu naquela noite?

Por volta das 19h de domingo, a embarcação 'Paraíso do Mar' partiu com dezenas de pessoas a bordo. A ideia era simples: um passeio musical pela baía com direito a pagode e animação. Só que o paraíso rapidamente se transformou em pesadelo.

Testemunhas contam que, de repente, a embarcação começou a adernar de forma assustadora. Panico generalizado. Pessoas correndo de um lado para o outro tentando encontrar coletes salva-vidas - que, diga-se de passagem, nem sequer eram suficientes para todos. Um verdadeiro caos.

As consequências dramáticas

Resultado: duas mulheres morreram. Dezenas de feridos, alguns em estado grave, foram levados para hospitais da capital baiana. Familiares desesperados corriam às margens tentando obter informações sobre seus entes queridos. Cenas de partir o coração.

E agora? Bom, a Marinha já abriu processo administrativo para apurar as responsabilidades. A Polícia Civil também entrou no páreo, instaurando inquérito para investigar possíveis crimes. Porque, convenhamos, realizar um show em alto mar sem avisar quem de direito é no mínimo... irresponsável.

O mais absurdo de tudo? Essa não é a primeira vez que embarcações naufragam na região. Em 2023, um barco afundou no mesmo local após uma colisão. Será que ninguém aprende com os erros do passado?

Enquanto as investigações correm, uma pergunta fica no ar: quantas outras embarcações estão por aí realizando atividades irregulares? É de dar calafrios só de pensar.