
O coração de Cabo Frio parece ter parado por um instante nesta terça-feira (23). Uma explosão caseira — dessas que a gente nunca imagina que vai acontecer na nossa rua — tirou a vida de um bebê, e o velório foi como um soco no estômago pra todo mundo que esteve lá.
Segundo testemunhas, o barulho foi tão forte que até quem tava a três quarteirões pulou da cadeira. "Pensei que fosse um botijão de gás", contou Dona Maria, vizinha da família, enquanto enxugava os olhos com um lenço já encharcado. A casa, que antes era só mais uma no bairro, agora é um retrato da fragilidade da vida.
O que se sabe até agora
Detalhes? Ainda tão confusos quanto o chão coberto de escombros depois da explosão. A Polícia Civil tá investigando, mas parece que foi algum material inflamável guardado de qualquer jeito — aquela negligência que a gente sempre acha que "nunca vai dar em nada". Até dar.
- O bebê não resistiu aos ferimentos
- Familiares em estado de choque
- Vizinhos se mobilizaram para ajudar
No cemitério, o silêncio pesava mais que o calor de 30 graus. Parentes se abraçavam sem conseguir dizer muita coisa — às vezes, nem precisa. Um tio do menino, com a voz embargada, só conseguiu soltar: "Era pra ele tá brincando, não aqui".
E agora?
Enquanto a justiça corre atrás de responsáveis (se é que vai encontrar), o que fica é aquela pergunta que não quer calar: até quando vamos tratar acidentes domésticos como "coisa que só acontece com os outros"? Cabo Frio, cidade do sol e do sal, hoje chora uma sombra que nenhum banho de mar vai conseguir lavar.
PS: Se você tem materiais perigosos em casa, faça um favor a todo mundo — especialmente às crianças que nem sabem o perigo — e guarde direito. Ou melhor ainda: se livre disso.