
O clima estava mais tenso que fila de ônibus em horário de pico. Nesta quarta-feira, Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, saiu da reunião com outros chefes de executivos estaduais com um recado na ponta da língua: "Chega de enrolação!".
O assunto? O famigerado "tarifaço" que está deixando o bolso do trabalhador mais vazio que carteira após o Carnaval. E olha que nem estamos em fevereiro...
O estopim da crise
Enquanto o governo federal parece dançar o samba da burocracia, os governadores estão com os pés no chão da realidade. Tarcísio, que nunca foi de ficar calado, disparou:
"Não adianta empurrar com a barriga. O povo está pagando o pato, literalmente."
Os números assustam mais que cobrança de multa atrasada:
- Aumento médio de 12% nas passagens em 2025
- Algumas cidades com reajustes acima de 20%
- Previsão de impacto de R$ 8 bilhões no orçamento familiar
O jogo de empurra-empurra
O que mais irrita — e aqui falo como quem já perdeu o último trem — é a velha história de "não é minha competência". Enquanto isso, o passageiro fica no meio do fogo cruzado como figurante de filme de ação.
Do lado dos estados, o argumento é claro: sem repasses federais adequados, fica impossível segurar a barra. Já Brasília? Bem... parece mais preocupada em apagar outros incêndios.
E agora, José? A bola está com o Planalto, mas o relógio não para. E o povo, ah, o povo continua pagando a conta — e a passagem.