
Quem depende de ônibus em Fortaleza sabe: a coisa tá feia. E não é de hoje. A gente fica se perguntando quando é que essa situação vai melhorar, porque tá complicado mesmo. São anos e anos de promessas não cumpridas e uma realidade cada vez mais dura para quem precisa do transporte público no dia a dia.
Imagina só: você chega no ponto de ônibus cedo, ainda com sono, e já vê aquela fila imensa. Quando o ônibus finalmente aparece — sempre atrasado, claro — vem abarrotado de gente. É um aperto desumano, com pessoas quase caindo pra fora, suando em bicas no calor de Fortaleza. E o pior? Pagando caro por esse desconforto todo.
O preço alto da mobilidade
A tarifa, essa vilã da história, não para de subir. E o que a gente recebe em troca? Serviço cada vez pior. É um contrassenso que dói no bolso e na paciência. Muita gente gasta uma parte significativa do salário só pra se deslocar pela cidade — um absurdo completo.
Os problemas são tantos que dá até vontade de listar:
- Ônibus velhos, cheirando a óleo queimado e com bancos quebrados
- Ar-condicionado que não funciona — ou pior: que funciona meia-boca, jogando ar quente
- Motoristas sobrecarregados, dirigindo com pressa e nervosismo
- Intervalos entre um ônibus e outro que mais parecem eternidades
- Rotas que não fazem sentido algum para a realidade da cidade
Uma crise anunciada
O que mais revolta é que isso não é novidade. Há anos a situação vem se deteriorando, mas parece que ninguém com poder de decisão realmente se importa. As reclamações se acumulam, as promessas se multiplicam, e a realidade continua a mesma: passageiros sofrendo no trajeto casa-trabalho, trabalho-casa.
E não me venham dizer que é culpa apenas da pandemia ou da crise econômica. Essa história é bem mais antiga. A falta de planejamento urbano sério e investimentos adequados no transporte público é crônica na nossa cidade.
O impacto na vida real
Conheço gente que já perdeu emprego por causa da irregularidade dos ônibus. Pessoas que chegam exaustas no trabalho depois de duas, três horas em pé num calor de derreter. Estudantes que faltam às aulas porque o ônibus simplesmente não passou. É desumano, cara.
E o que fazer? Andar a pé? Com distâncias imensas na cidade? Comprar carro? Com o preço dos veículos e dos combustíveis? Parece que estamos num labirinto sem saída.
Enquanto isso, a conta continua chegando — e cara, como chega. Pagamos por um serviço que não atende às necessidades básicas, que não respeita nosso tempo, nosso conforto, nossa dignidade. Até quando?