Pois é, pessoal de Ribeirão Preto! A cidade acaba de dar um passo, digamos, bastante ousado no que se refere ao caótico mundo do trânsito. A Prefeitura, numa canetada só – ou melhor, num decreto publicado nesta quarta-feira (21) –, decidiu liberar o acesso das famosas vans escolares aos corredores exclusivos de ônibus. A notícia, que já está dando o que falar, promete mudar – e muito – a rotina de milhares de estudantes e também de quem circula pelas vias da cidade.
Imagina só a cena: de segunda a sexta, no horário de pico da manhã e no final da tarde, aquele vai-e-vem intenso de vans levando e buscando a garotada. Um verdadeiro quebra-cabeça logístico. Agora, com essa nova regra, esses veículos poderão cortar caminho por dentro das faixas destinadas aos coletivos. A ideia, segundo o poder público, é nobre: encurtar o tempo desses trajetos, aumentar a segurança dos alunos e, de quebra, tentar desafogar um pouquinho o tráfego nas vias normais – que, convenhamos, anda precisando de uma trégua.
Como É Que Isso Vai Funcionar na Prática?
Calma que não é bagunça! A permissão não é um livre para todos. A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana estabeleceu uma série de regras do jogo. Primeiro: o benefício vale exclusivamente para vans devidamente cadastradas e regularizadas para o serviço de transporte escolar. Nada de veículo improvisado ou irregular, hein?
Segundo ponto crucial: o horário. A liberação não é 24 horas por dia. Ela é válida apenas durante os turnos de entrada e saída das escolas. Basicamente, aqueles períodos em que a cidade já está naturalmente mais congestionada. A estratégia é clara: dar agilidade justamente quando mais se precisa.
E tem mais um detalhe importante – e que muita gente pode não notar de primeira. A medida não é eterna. Ela entra em vigor como um projeto piloto. Traduzindo: vai ter um período de teste para avaliar os resultados reais. Será que realmente vai melhorar o fluxo? Vai impactar negativamente a velocidade dos ônibus? A Prefeitura promete ficar de olho e ajustar a rota se necessário.
E o Motorista de Ônibus, o Que Acha?
Bom, essa é a pergunta de um milhão de dólares. A reação dos profissionais que operam os coletivos é, no mínimo, de cautela. Por um lado, entendem a necessidade de agilizar o transporte das crianças. Ninguém é de ferro. Mas, por outro, surge um medo natural: o de que a inclusão de mais veículos nos corredores possa, na verdade, atrapalhar o serviço já estabelecido. Afinal, esses corredores foram criados justamente para dar prioridade e fluidez aos ônibus.
É uma equação delicada. De um lado, a pontualidade e segurança dos estudantes. Do outro, a eficiência de um sistema de transporte público que já enfrenta seus próprios desafios. Só o tempo – e o tal do projeto piloto – vai dizer se a conta vai fechar direito.
Para o cidadão comum, que não usa nem van escolar nem ônibus com frequência, a expectativa é uma só: que a medida realmente contribua para reduzir os famosos engarrafamentos nos horários de rush. Se der certo, todo mundo ganha. Se der errado... bem, melhor nem pensar. Ribeirão Preto está de olho.
