
A rotina pacata da manhã desta quinta-feira, 3 de outubro, foi brutalmente interrompida por uma cena que nenhum motorista gostaria de testemunhar. Lá estava ele, o carro prata — ou o que restou dele — completamente destruído após um encontro violento com a frente massiva de um caminhão. A SP-255, normalmente tranquila, transformou-se num palco de tragédia por volta das 7h30.
Carlos Alberto Mendes, 54 anos, servidor público dedicado da prefeitura de Ibaté, não resistiu aos ferimentos. O choque foi tão severo que os bombeiros precisaram de quase uma hora — exaustivos 50 minutos — para conseguir retirar seu corpo dos destroços. Uma operação delicada, meticulosa, que parecia desafiar o tempo mas não pôde desafiar o destino cruel.
O Momento do Impacto
Testemunhas contam que o som ecoou por boa parte da região. Um estampido seco, metal contra metal, seguido por um silêncio perturbador. O caminhão, um Volkswagen de cor branca, atingiu o lado do motorista com força suficiente para deformar completamente a estrutura do veículo menor.
O que levou a essa colisão frontal? A Polícia Militar Rodoviária ainda investiga os detalhes, mas já adiantou que o motorista do caminhão, um homem de 35 anos, saiu ileso fisicamente — embora, imagino, profundamente abalado psicologicamente. Ele foi levado para prestar depoimento, enquanto peritos trabalhavam no local para reconstituir os momentos finais antes do impacto.
Uma Cidade em Luto
Ibaté, essa cidade do interior paulista com pouco mais de 35 mil habitantes, acordou sob o peso da notícia. Carlos não era apenas mais um nome na folha de pagamento municipal — era parte da comunidade, um funcionário conhecido e, pelo que se comenta, bastante respeitado.
A prefeitura emitiu uma nota que, embora formal, não conseguiu esconder a consternação geral. "É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do servidor Carlos Alberto Mendes", dizia o texto, anunciando luto oficial de três dias. Três dias — como se o tempo pudesse medir a dor de uma perda assim.
Enquanto isso, na SP-255, o trânsito precisou ser desviado por horas. A cena era desoladora: vidros estilhaçados, fluidos vazando, e aquele silêncio pesado que só tragédias como essa conseguem produzir. Os bombeiros já terminaram seu trabalho, a polícia recolheu as evidências, mas a memória do que aconteceu ali permanecerá por muito tempo na mente de quem passou pelo local.
Restam as investigações, os questionamentos, e uma família — sempre uma família — que precisa encontrar forças para seguir em frente sem um ente querido. A vida nas estradas do interior, aparentemente tão segura, mostrou mais uma vez sua face implacável.