
O trecho paraense da BR-222 virou palco de uma cena dantesca nesta sexta-feira (22). Por volta das 15h, o que deveria ser mais uma viagem rotineira transformou-se num pesadelo sem retorno—literalmente—para seis pessoas. Um Honda City e uma carreta travaram num duelo brutal de metal, e o carro de passeio, claro, saiu completamente desfeito.
Segundo testemunhas—que ainda parecem estar em estado de choque—o carro tentou uma ultrapassagem arriscada. Digo, muito arriscada. O resultado? Uma colisão frontal daquelas que não deixam margem para dúvidas. O estampido ecoou pela rodovia e parou o tráfego por horas.
As Vítimas: Uma Família Inteira
Eis o que mais corta o coração: as seis vítimas—três homens e três mulheres—vinham todos juntos, uma família. Não sobreviveu ninguém do carro. A Polícia Rodoviária Federal ainda corre atrás de documentos para identificar todos, mas acredita-se que sejam todos parentes, talvez até de uma mesma casa. Imagine só: saem juntos e simplesmente não voltam. É de gelar a espinha.
O Outro Lado da Moeda
O motorista da carreta, pasme, saiu ileso. Totalmente. Ele prestou socorro imediatamente e colaborou com a PRF, mas a verdade é que deve estar traumatizado para o resto da vida. Carregar o peso de seis mortes—mesmo não sendo culpado—não é algo que se apague com o tempo.
O trânsito na região ficou um caos. A pista precisou ser interditada completamente, e só foi liberada por volta das 20h, depois que os peritos fizeram o seu trabalho e os veículos foram removidos. Enquanto isso, quilômetros de fila, motoristas exasperados e uma sensação pesada no ar.
Ah, e o que dizer da segurança nas nossas estradas? Essa BR-222 já foi palco de tantos acidentes que perdi as contas. Ultrapassagens indevidas, falta de acostamento, sinalização precária—é uma combinação explosiva que, cedo ou tarde, mostra sua face mais cruel.
O IML de Marabá ficou responsável por receber os corpos, e a PRF segue investigando as causas exatas do acidente. Mas uma coisa é certa: seis famílias—ou uma família de seis—acordaram hoje sem seus entes queridos. E isso, caro leitor, é uma ferida que não fecha com notícia de jornal.