
A madrugada desta sexta-feira, 4 de outubro, amanheceu com uma notícia que ninguém gostaria de receber. Lá pelas tantas, por volta das 5h30 da manhã, o silêncio da cidade ainda tentava se manter quando um barulho ensurdecedor cortou o ar no Anel Viário Sul.
Era o som de metal contra metal — daqueles que ficam ecoando na memória. Um Gol branco e uma BMW preta, dois mundos tão diferentes sobre quatro rodas, se encontraram da pior maneira possível no km 322 daquela via que tantos usam para fugir do trânsito pesado.
O que se sabe até agora
Segundo as primeiras informações que consegui apurar — e olha, a coisa foi confusa no início —, o Gol seguia no sentido Franca quando, de repente, invadiu a pista contrária. O que teria feito o motorista perder o controle? Sono? Um descuido momentâneo? Mal súbito? A polícia ainda está tentando desvendar esse mistério.
A BMW, que vinha no sentido oposto, não teve a menor chance. O impacto foi frontal, daqueles que deixam marcas profundas no asfalto e na vida de quem presencia.
Cenário de destruição
Quando os bombeiros chegaram, encontraram uma cena digna de filme de ação — só que real, com cheiro de gasolina e pó de freio no ar. Os dois carros estavam irreconhecíveis, amassados como latinhas de refrigerante.
Dentro do Gol, uma pessoa — ainda não identificada oficialmente — não resistiu. A morte foi instantânea, segundo testemunhas. Já o motorista da BMW, um homem de 36 anos, teve mais sorte. Foi levado correndo para o Hospital Santa Lydia, consciente, mas com ferimentos que assustam qualquer um.
Pensa na correria: bombeiros usando equipamentos de resgate, policiais tentando organizar o trânsito que já começava a engarrafar, curiosos parando para ver — aquele caos organizado que só acontece quando a tragédia bate à porta.
As consequências do acidente
O Anel Viário Sul ficou completamente interditado por horas. E olha, não era pouca coisa — estamos falando de uma das principais vias de acesso à cidade. Quem precisava passar por ali teve que dar uma volta enorme, perder tempo, se atrasar para o trabalho...
Mas, convenhamos, diante de uma vida perdida, os transtornos do trânsito parecem tão pequenos, não é mesmo?
A Polícia Militar Rodoviária assumiu o caso e agora trabalha para reconstituir os momentos exatos que levaram ao acidente. Eles vão analisar marcas no asfalto, danos nos veículos, conversar com testemunhas — aquela investigação minuciosa que a gente vê na TV, só que na vida real.
Enquanto isso, uma família começa o luto por alguém que saiu de casa e não voltou. E outro homem luta pela recuperação no hospital. Dois destinos que se cruzaram de forma tão brutal numa manhã qualquer.
Ribeirão Preto acorda mais uma vez lembrada por uma tragédia no trânsito. Quantas mais serão necessárias para que a gente entenda, de uma vez por todas, que dirigir exige atenção total? A pergunta fica no ar, assim como a poeira do acidente que já se dissipou, mas as marcas permanecem.