Uma manhã de segunda-feira que começou como qualquer outra terminou em tragédia na BR-304, trecho que corta Mossoró. O que deveria ser um trajeto rotineiro se transformou num cenário de horror por volta das 7h30, quando um ciclista — cuja identidade ainda não foi divulgada — teve seu caminho brutalmente interrompido por uma colisão com um caminhão.
Testemunhas do ocorrido, ainda visivelmente abaladas, descrevem a cena como "assustadora". Um senhor que preferiu não se identificar comentou, com a voz embargada: "Foi tudo tão rápido... Um minuto ele estava pedalando, no outro...". Suas palavras se perderam no ar, mas o silêncio que se seguiu falou mais que qualquer descrição.
O socorro que chegou tarde demais
O Samu foi acionado imediatamente, mas quando a equipe médica chegou ao local, situado no KM 20 da rodovia, encontrou uma realidade cruel: o ciclista já não apresentava sinais vitais. Os profissionais de saúde fizeram o que podiam — que era muito pouco, diante das circunstâncias. Às 8h10, o óbito foi oficialmente confirmado.
Enquanto isso, o motorista do caminhão, um homem de 56 anos cujo nome também não foi revelado, permaneceu no local. Ele cooperou com as investigações iniciais e, segundo informações, estava em estado de choque — compreensível, diga-se de passagem. Quem não ficaria?
Um problema que se repete
O que mais me deixa pensativo nesses casos é como eles parecem se repetir com uma frequência assustadora. A BR-304, vital para o estado, já foi palco de tantas histórias tristes similares que perdi as contas. E a pergunta que não quer calar: quando é que vamos aprender?
O trânsito brasileiro — e não estou dizendo nada de novo aqui — continua sendo essa arena perigosa onde ciclistas, pedestres e motoristas dividem o mesmo espaço, mas nem sempre a mesma consciência dos riscos. É uma convivência que, francamente, precisa ser repensada com urgência.
E agora, o que acontece?
A Polícia Rodoviária Federal assumiu o caso e já iniciou os procedimentos de praxe. O corpo foi encaminhado para o Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP), onde passará por perícia. Enquanto isso, a família do ciclista — que deve estar vivendo seu pior pesadelo — aguarda respostas.
O caminhão foi removido do local, mas as marcas no asfalto e, principalmente, na memória de quem testemunhou o acidente, permanecerão por muito tempo. Incidentes como esse servem como lembretes dolorosos de que, no trânsito, um segundo de distração pode custar uma vida inteira.
