
Foi por um triz que a tarde de terça-feira (19) não terminou em tragédia na movimentada Rua Visconde de Mauá, no bairro Residencial União, Zona Leste de São José dos Campos. Tudo aconteceu com uma velocidade assustadora – e não estamos falando da do carro.
De repente, o motorista de um GM Onix prata, trafegando normalmente, foi surpreendido por uma crise epilética. Imagine a cena: você perde totalmente o controle do seu corpo, e pior, de uma máquina de mais de uma tonelada. O carro, agora um projétil à deriva, simplesmente ignorou todo o trajeto planejado.
Ele cruzou a pista oposta como se ela não existisse, invadiu a calçada – aquele espaço que a gente acha que é seguro – e foi direto para o alvo: a vitrine de uma loja. O baque foi violento, daqueles que faz tremer o chão e para o coração na garganta de quem vê.
O que se viu depois foi um cenário de destruição. Vidros estilhaçados, metal amassado e a fachada do comércio completamente destruída. Uma daquelas imagens que chocam qualquer um. O Corpo de Bombeiros e a Guarda Civil Municipal correram para o local, esperando o pior.
Eis que entra o que muitos vão chamar de sorte, outros de milagre. O motorista, ainda assustado e sob os efeitos da crise, foi retirado do veículo e, pasmem, recusou ser levado para o hospital. Recusou! Às vezes a adrenalina faz a gente tomar decisões das quais depois a gente se arrepende, não é mesmo?
E o mais incrível? Apesar do cenário apocalíptico, não houve nenhuma outra vítima. Nenhum pedestre na calçada naquele segundo exato, nenhum cliente na entrada da loja. Uma conjunção de fatores que evitou uma fatalidade.
O caso serve como um alerta gelado para todos nós. Condições de saúde e a direção são uma combinação que precisa de atenção redobrada. Um mal-estar súbito ao volante pode, em segundos, transformar uma rotina qualquer em um pesadelo sem retorno. Fica a lição: conhecer seus limites não é fraqueza, é uma necessidade vital.