
Parece que finalmente teremos uma boa notícia no trânsito caótico de Belo Horizonte. A Prefeitura acaba de anunciar mudanças significativas no sistema MOVE que prometem — veja bem, prometem — melhorar a vida de quem depende do transporte público diariamente.
E olha, não são mudanças pequenas não. A partir do próximo mês, os usuários do MOVE vão sentir na pele — ou melhor, no bolso e no relógio — uma reorganização completa nas linhas 5102, 5103 e 5104. A previsão é que o número de viagens aumente consideravelmente, algo que muitos passageiros vêm cobrando há tempos.
O que muda na prática?
Vamos direto ao que interessa. A linha 5102, que conecta o bairro São Gabriel ao Centro, vai ganhar horários extras nos períodos de pico. Já a 5103, que corta a região da Pampulha, terá seu trajeto otimizado para evitar os pontos de maior congestionamento. E a 5104? Bem, essa sofrerá alterações no itinerário para atender melhor aos bairros da zona norte.
Não é milagre, mas parece um passo na direção certa. Quem já perdeu compromissos importantes por conta de atrasos no MOVE sabe do que estou falando.
Mas será que vai funcionar?
É aquela velha história: promessa de político a gente conhece bem. Porém, desta vez a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana garante que fez estudos detalhados — incluindo aquele papo técnico de matriz origem-destino — para embasar as mudanças.
O secretário Rodrigo Sérgio Oliveira, em entrevista coletiva, pareceu confiante: "Estamos reestruturando todo o sistema para oferecer um serviço mais eficiente e com maior capacidade". Resta saber se a teoria vai se confirmar na prática, né?
Ah, e tem mais: a prefeitura assegura que não haverá aumento na tarifa com essas alterações. Pelo menos por enquanto...
E os passageiros, o que acham?
Conversando com alguns usuários na rodoviária, as opiniões se dividem. Maria das Graças, que usa a linha 5102 há três anos, está cautelosamente otimista: "Se realmente melhorar a frequência, vai ajudar muito. Mas vou acreditar quando vir".
Já o estudante Rafael Silva é mais cético: "Toda mudança no transporte em BH começa com promessa e termina em confusão. Tomara que desta vez seja diferente".
O fato é que, bom ou ruim, o MOVE é a espinha dorsal do transporte coletivo na capital mineira. Qualquer melhoria — mesmo que pequena — já representa um alívio para os mais de 500 mil passageiros que dependem dele diariamente.
Agora é torcer — e cobrar — para que as promessas saiam do papel. Porque no transporte público de BH, como diz o ditado, "o combinado não sai caro"... mas o atraso, esse sim, custa muito.