
Olha, a situação é séria e tá batendo na nossa porta — literalmente. O número de motos simplesmente explodiu no país, mas as ruas? Parece que ficaram paradas no tempo, na era das carroças. Não é exagero não.
Um especialista craque no assunto, que vive mergulhado em dados de mobilidade, soltou o verbo: a infraestrutura das nossas cidades não foi feita pra essa enxurrada de duas rodas. E o pior? A gente já colhe os frutos amargos disso. Só no primeiro semestre deste ano, os acidentes com motos já representam uma fatia colossal de 40% de todos os sinistros de trânsito registrados. É um número que dá calafrio.
Um cenário que assusta até os mais experientes
Não é só uma sensação de que tá todo mundo de moto por aí. Os dados confirmam a tendência, e ela é avassaladora. A frota nacional de motocicletas deu um salto monumental, beirando os 30 milhões de unidades. Trinta milhões! É moto pra todo lado, mas a malha viária continua a mesma, estreita, esburacada e, vamos combinar, muitas vezes um verdadeiro campo de batalha para quem pilota.
E aí é que mora o perigo. O especialista foi direto ao ponto: a combinação entre a vulnerabilidade do motociclista e uma infraestrutura que ignora sua existência é simplesmente explosiva. Não tem como dar certo. As ruas foram desenhadas pensando quase que exclusivamente nos carros, nos ônibus, nos caminhões. A moto chegou como um elemento novo, mas não recebeu o seu lugar à mesa.
E as consequências? São dramáticas
O resultado dessa equação maluca a gente vê todo dia nos noticiários. São histórias tristes de jovens, trabalhadores, pais de família que saem pra trabalhar e não voltam. A moto virou, inquestionavelmente, a ferramenta de trabalho de milhões de brasileiros — dos entregadores de app aos técnicos de manutenção. Mas o preço que se paga por essa praticidade tem sido altíssimo, e sangrento.
É um paradoxo da modernidade. De um lado, a moto representa agilidade, economia, a solução para fugir dos intermináveis engarrafamentos. Do outro, ela se tornou um símbolo de risco, de exposição constante ao perigo em um ambiente que não a acolhe. Falta sinalização específica, falta conscientização dos outros motoristas, falta espaço nas vias. Sobra imprudência, é claro, mas isso é só parte de um problema muito, muito maior.
O alerta do especialista soa quase como um grito de desespero. Não dá mais pra empurrar a questão com a barriga. Ou a gente começa a discutir seriamente políticas públicas que incluam de verdade a moto no planejamento urbano, ou os números vão continuar subindo. E aí, meu amigo, não vai ter noticiário que dê conta de tantas tragédias anunciadas.