
Não é novidade para ninguém que o trânsito nas cidades brasileiras pode ser um verdadeiro caos — e o Rio de Janeiro não foge à regra. Mas, sabia que pequenas atitudes podem fazer uma diferença enorme? A verdade é que, enquanto esperamos por infraestrutura melhor (e sabemos como isso pode demorar), cada um de nós tem seu papel nessa história.
O jogo da responsabilidade
Parece óbvio, mas muita gente esquece: trânsito seguro é uma via de mão dupla. Enquanto motoristas precisam redobrar a atenção, pedestres e ciclistas também têm suas obrigações. "Achamos que só os carros causam acidentes, mas distração é um perigo em qualquer situação", comenta o especialista em mobilidade urbana, Carlos Mendonça.
Alguns números assustam: segundo levantamentos recentes, mais de 40% dos atropelamentos ocorrem por falha humana — e não necessariamente dos condutores. Celular na mão, fone de ouvido no volume máximo, aquela corridinha para pegar o ônibus... Tudo isso vira combustível para tragédias.
Dicas que salvam vidas
- Para quem anda a pé: Faça contato visual com os motoristas antes de atravessar, mesmo na faixa. Aquele segundo a mais pode evitar sustos;
- Ciclistas, atenção: Capacete não é acessório, é equipamento obrigatório. E sinalize seus movimentos — braço estendido ainda é o melhor "pisca-alerta" humano;
- No geral: Evite usar celular enquanto se desloca. Uma mensagem pode esperar, sua vida não.
Ah, e sobre aquela velha discussão: sim, ciclovias ajudam, mas não são desculpa para abandonar a cautela. "Infraestrutura sem educação é como ter estrada sem asfalto", brinca Mendonça, com razão.
O poder das pequenas escolhas
Pode parecer bobagem, mas quantas vezes você já viu alguém atravessar no meio do quarteirão porque "é mais perto"? Ou ciclistas pedalando na contramão "só por um trechinho"? São esses atos aparentemente inofensivos que, somados, viram estatísticas tristes.
E não adianta só reclamar do poder público — embora a cobrança seja mais do que justa. Enquanto as melhorias não chegam (e torcemos para que seja logo), a mudança começa no espelho. Afinal, trânsito seguro é direito de todos, mas dever de cada um.