
Era para ser mais uma terça-feira comum, mas o que aconteceu na Asa Norte transformou tudo. Uma nutricionista, caminhando tranquilamente pela faixa de pedestres — onde deveria estar mais segura —, foi colhida com violência por um carro. O impacto foi tão forte que ela foi arremessada para longe.
E o que fez o motorista? Simplesmente pisou fundo e desapareceu na paisagem urbana, sem nem olhar para trás. Um ato de covardia que beira o inacreditável, deixando uma pessoa ferida e sozinha no asfalto.
Testemunhas, ainda em choque, contaram que a cena foi de puro desespero. A vítima, uma profissional da saúde que dedicava sua vida ao bem-estar dos outros, agora luta pelo próprio. Ela foi levada às pressas para um hospital da região, com múltiplos ferimentos e fraturas. O estado é sério, estável, mas preocupa.
Não foi um acidente, foi uma escolha
É isso que mais corta. Alguém decidiu ignorar a sinalização, decidiu não reduzir, decidiu não parar e, pior, decidiu fugir. A faixa de pedestres, que é uma garantia de segurança, se tornou uma armadilha. E o pior é que isso não é um incidente isolado — é um retrato cruel de como a imprudência no trânsito virou quase normal.
O Departamento de Trânsito do DF já está com as investigações a todo vapor. Eles analisam imagens de câmeras de segurança da quadra 715 da Asa Norte, tentando identificar o modelo do veículo e, claro, a placa. Alguém viu algo. Alguém sabe de algo.
E agora? O que acontece?
Além da busca incansável pelo condutor — que, quando encontrado, responderá criminalmente por hit-and-run —, o caso reacende um debate necessário. Até quando veremos cenas assim? Quando é que o respeito à vida vai finalmente pesar mais do que a pressa?
Enquanto a nutricionista se recupera — e torcemos muito por ela —, a pergunta fica no ar, ecoando em cada cruzamento: na hora de dirigir, onde fica a nossa humanidade?