
Imagine só: uma viagem tranquila pela SP-318, na madrugada de sexta-feira, transformada num pesadelo em questão de segundos. Foi exatamente isso que aconteceu por volta das 3h30, perto do km 269, numa curva traiçoeira que já viu muita coisa.
O motorista – cuja identidade ainda não foi divulgada – se viu diante de um dilema brutal: uma capivara, dessas enormes, decidiu cruzar a estrada exatamente na hora errada. O instinto humano é proteger a vida, não é mesmo? Ele jogou o volante bruscamente, tentando evitar o animal.
Mas aí… a física simplesmente não perdoa. O carro, um Fiat Mobi, entrou num estado de descontrole total. Aquele segundo de decisão resultou numa sucessão irreversível de eventos. O veículo saiu da pista e foi de encontro a uma defensa metálica – daquelas rígidas, que não fazem concessões.
A batida foi de uma violência absurda. A Polícia Militar Rodoviária chegou ao local e o cenário era desolador. O motorista, infelizmente, não resistiu aos ferimentos. Foi uma morte instantânea, segundo os primeiros levantamentos. O corpo foi encaminhado ao IML de São Carlos, e aquele trecho da rodovia ficou interditado por longas horas, complicando a vida de quem precisava passar por ali de manhã cedo.
O que mais me corta o coração nesses casos é a imprevisibilidade. Uma capivara. Um momento de distração. Uma curva. Uma defensa. Uma combinação de fatores banais que, juntos, resultam numa tragédia irreparável. Isso nos faz pensar na fragilidade de tudo, sabe?
O caso agora está sob a responsabilidade do DEATRAN (Departamento de Estradas e Rodagens) de São Carlos, que vai investigar os detalhes finais. Eles vão apurar se havia algum fator adicional – velocidade, condições do pneu, iluminação – que possa ter contribuído para o desfecho trágico.
Enquanto isso, a pergunta que fica é: o que fazer quando um animal surge na pista? Especialistas em trânsito frequentemente alertam que frenagens bruscas ou manobras repentinas podem ser mais perigosas do que o próprio impacto. Mas é um cálculo impossível de se fazer no calor do momento, movido puramente pelo instinto de preservação.
Uma vida perdida. Uma família em luto. E a gente segue, refletindo sobre os riscos invisíveis que habitam cada curva das nossas estradas.