
O que deveria ser uma tarde de brincadeiras inocentes se transformou num pesadelo que vai marcar para sempre uma família de Praia Grande. Naquele sábado, por volta das 15h30, um garoto de apenas 9 anos corria atrás de uma bola — um gesto tão comum na infância brasileira quanto jogar pião ou soltar pipa.
E foi justamente essa simplicidade que tornou tudo tão brutal.
Cenas que chocam
As novas imagens que circulam nas redes sociais — e que eu, particularmente, achei de cortar o coração — mostram o exato momento em que um carro prata, desses populares que a gente vê aos montes por aí, avança sobre o menino. A cena é rápida, violenta, e o que vem depois é ainda pior.
O motorista simplesmente... foi embora. Sem parar, sem socorrer, sem sequer ver o estrago que tinha feito.
O abandono que revolta
Parece até cena de filme de terror, mas é a pura realidade: enquanto a criança ficava ali, no chão, o condutor acelerou e desapareceu na esquina. Um ato de covardia que, confesso, me fez perder a fé na humanidade por alguns instantes.
Testemunhas que presenciaram a cena — e imagino o desespero delas — correram para ajudar o menino. Uma verdadeira rede de solidariedade se formou ali, na contramão da atitude desumana do motorista.
Sorte na tragédia
Aqui vai um respiro de alívio nessa história triste: o garoto foi levado para o Hospital Municipal Irmã Dulce e, milagrosamente, passa bem. Os médicos acompanham sua recuperação, mas o trauma psicológico — esse é mais difícil de curar.
Os bombeiros que atenderam ao ocorrido relataram que a criança estava consciente quando o resgate chegou. Um pequeno consolo diante de tanta irresponsabilidade.
Busca pelo responsável
A Polícia Militar já iniciou as investigações e está atrás do veículo — um modelo prata que fugiu na direção do bairro Ocian. As câmeras de segurança da região são a grande esperança para identificar o condutor.
E olha, não me surpreenderia se alguém já tivesse alguma pista. Nesses casos, a comunidade costuma se unir — e a revolta geral pode ser justamente o que faltava para fazer justiça.
Reflexão necessária
Esse caso me fez pensar: quantas vezes nós mesmos, no dia a dia, temos pressa e deixamos de prestar atenção nas ruas residenciais? Crianças são imprevisíveis — elas correm, se distraem, vivem no mundo delas.
A responsabilidade, essa é sempre nossa, adultos. Seja como pais, seja como motoristas.
O que mais me impressiona — e aqui vou falar como quem já viu muita coisa nessa vida — é a naturalidade com que algumas pessoas conseguem simplesmente abandonar uma cena de acidente. Como se uma vida humana valesse menos que os problemas que poderiam vir depois.
Enquanto isso, em Praia Grande, uma família tenta reconstruir a normalidade. E um menino de 9 anos aprende, da pior maneira possível, que nem todos os adultos podem ser confiáveis.