
Não dá pra acreditar como um simples passeio pode virar uma tragédia em segundos. Na noite de domingo (27), duas mulheres — amigas de longa data — saíram de moto pela região metropolitana de Fortaleza. O que era pra ser mais um dia comum terminou em desastre.
Segundo testemunhas, a motocicleta, uma Honda CG 160, simplesmente perdeu o controle na curva da Rua João Pessoa, no bairro Messejana. "Ouvi um barulho estrondoso, pensei que fosse um trovão", contou um comerciante que preferiu não se identificar. Quando chegou ao local, a cena era desoladora: a moto esmagada contra um poste de concreto, as duas mulheres jogadas no asfalto.
Corrida contra o tempo
O SAMU chegou em menos de 10 minutos — tempo recorde pra região, diga-se de passagem. Mas já era tarde demais pra Maria Alves, de 34 anos. "Ela não reagiu aos estímulos, teve morte instantânea", revelou um dos paramédicos, visivelmente abalado. Já a amiga dela, identificada como Francisca, 29 anos, foi levada às pressas para o Hospital Geral Dr. César Cals com múltiplas fraturas e traumatismo craniano.
Os médicos estão cautelosamente otimistas: "Ela está estável, mas ainda em estado grave. Os próximos 48 horas serão decisivos", explicou a neurocirurgiã Dra. Lúcia Mendes, enquanto ajustava os óculos com ar cansado.
O que teria causado o acidente?
- Excesso de velocidade? Testemunhas dizem que a moto "voava baixo"
- Problema mecânico? A perícia vai examinar os freios
- Falta de iluminação? Moradores reclamam há meses daquele trecho
Enquanto isso, na casa de Maria, o silêncio pesa como chumbo. A irmã mais velha, entre lágrimas, lembra: "Ela sempre dizia que moto era liberdade. Ironia do destino, não?".
A Polícia Rodoviária Estadual já abriu inquérito pra apurar as causas exatas do acidente. Mas uma coisa é certa: mais uma família destruída pela violência do trânsito. Quando será que a gente vai aprender?