Não é todo dia que um Corolla prata vira o centro das atenções numa avenida movimentada de São Paulo — mas essa terça-feira, 20 de agosto, não foi um dia qualquer. Por volta das 15h30, na Avenida Águia de Haia, na Zona Leste, o que deveria ser mais uma tarde de deslocamentos rotineiros transformou-se num verdadeiro quebra-pau no asfalto.
E o protagonista? Um influenciador conhecido nas redes como Gato Preto. Segundo testemunhas, o carro, um Toyota Corolla de placas que já rodou bastante, avançou o sinal vermelho e fechou um ônibus de forma tão brusca que foi impossível evitar o choque. A batida foi seca, daquelas que ecoa no concreto.
Mas o que mais chocou quem passava não foi o barulho do metal. Foi o que veio depois.
O motorista — um homem jovem, que muitos reconheceram pelos videos que viralizam — simplesmente desceu do carro, deu uma olhada no estrago e… saiu andando. Sim, andando. Nem correu. Sumiu na multidão como se fosse só mais um pedestre apressado.
«Eu não acreditei», contou Maria Ferreira, uma mototaxista que viu tudo de perto. «Ele nem hesitou. Saiu como se não fosse problema dele. O ônibus ficou lá, parado, com os passageiros assustados. Uma irresponsabilidade total.»
E as consequências?
Além do susto, o trânsito na região ficou completamente travado por mais de uma hora. Teve que vir a CET para organizar a bagunça — e olha que bagunça é pouco. O Corolla, com o parachoque dianteiro destruído e o airbag acionado, foi removido só no guincho.
Ninguém se feriu gravemente, graças a Deus. Mas o mesmo não se pode dizer da paciência de quem estava no ônibus ou dos outros motoristas presos no engarrafamento monstruoso que se formou.
A Polícia Militar registrou a ocorrência como abandono de veículo após acidente e já iniciou uma investigação para localizar o condutor. Pelas redes, o tal “Gato Preto” não se manifestou — e o perfil, que tinha milhares de seguidores, simplesmente… evaporou. Sumiu. Desconectou.
Parece roteiro de filme, mas é a realidade de São Paulo. Um dia normal, até que um influenciador resolve fazer das suas — e some deixando o caos no trânsito e uma pergunta no ar: o que vale mais, likes no digital ou responsabilidade no real?
