
Era para ser apenas mais um contratempo numa noite qualquer. O tipo de situação que todo motorista teme: a famosa pane seca. Mas para um homem de 37 anos, na última segunda-feira, esse imprevisto rotineiro terminou em tragédia.
Por volta das 20h30, na alça de acesso da SP-310, próximo ao trevo do Distrito Industrial, em São José do Rio Preto, o auxiliar de serviços gerais tentava resolver sozinho seu problema. Seu carro, um Fiat Palio, simplesmente parou de funcionar - combustível acabou, e ele decidiu empurrar o veículo até um local mais seguro.
Eis que a sorte - ou melhor, o azar - entrou em cena. Enquanto se esforçava para mover o carro morto, um Chevrolet Onix apareceu do nada. O motorista, um homem de 32 anos, não conseguiu evitar a colisão. O impacto foi violento, direto.
O socorro que chegou tarde
O Samu foi acionado rapidamente, mas quando a equipe médica chegou, já era tarde demais. Os paramédicos tentaram de tudo, mas as lesões eram simplesmente incompatíveis com a vida. Quem testemunha uma cena dessas nunca mais esquece - é daquelas imagens que ficam gravadas na memória.
O condutor do Onix, em estado de choque visível, cooperou com as investigações. Ele foi submetido ao teste do bafômetro, que acusou zero de álcool no sangue. À primeira vista, parece que foi mesmo um daqueles acidentes terríveis onde ninguém é verdadeiramente culpado - apenas uma combinação fatal de circunstâncias.
E agora, o que fazer?
Esta história serve de alerta para todos nós. Quantas vezes já nos vimos em situações similares? O tanque na reserva, aquele cálculo mental arriscado de "acho que dá pra chegar", a pressa que nos faz tomar decisões questionáveis.
Quando o carro para numa via de tráfego intenso, a tentação é resolver rápido, empurrar até o acostamento. Mas será que vale o risco? Esse caso trágico em São José do Rio Preto nos faz refletir sobre quantas vidas seriam poupadas se seguíssemos alguns protocolos básicos de segurança.
- Ligar o pisca-alerta imediatamente
- Colocar o triângulo de sinalização a uma distância adequada
- Chamar um guincho em vez de confiar na própria força
- Se possível, permanecer dentro do veículo com os cintos afivelados até o socorro chegar
Parece óbvio, não é? Mas na hora do desespero, a razão muitas vezes dá lugar ao impulso.
O que fica depois da tragédia
Enquanto a Polícia Militar Rodoviária continua as investigações - eles vão analisar todos os detalhes do ocorrido - uma família chora a perda de um ente querido. Um homem que saiu para trabalhar e não voltou para casa. Um trabalhador que enfrentava os desafios do dia a dia, como tantos de nós.
O corpo foi encaminhão para o IML, e o veículo que causou o acidente foi removido para o pátio. São os trâmites burocráticos que seguem seu curso, mas que pouco consolam quem fica.
Às vezes a vida nos prega peças terríveis. Um momento de distração, uma decisão equivocada, uma combinação de fatores que ninguém poderia prever. E de repente, tudo muda. Resta aprender com essas histórias - e torcer para que tragédias como essa não se repitam.