
Eis que a política de segurança americana ganha mais um capítulo digno de roteiro de cinema. Enquanto muita gente aproveitava o fim de semana, Donald Trump decidiu fazer barulho — e que barulho!
O ex-presidente, sempre polêmico, acabou de autorizar o envio de nada menos que 300 soldados da Guarda Nacional para as ruas de Chicago. A decisão chega como um soco no estômago do establishment político, especialmente porque acontece logo após a Justiça ter barrado uma manobra similar em Portland.
O Xeque-Mate Jurídico
Parece que Trump resolveu jogar xadrez enquanto outros brincam de damas. A questão é que, tecnicamente falando, ele encontrou uma brecha legal. Diferente de Portland, onde a justiça federal interveio diretamente, Chicago apresentaria — segundo sua assessoria — "circunstâncias excepcionais" que justificariam a ação.
Mas cá entre nós: será mesmo que é só sobre segurança? Ou temos aqui um jogo de poder onde cada movimento calcula eleitores e manchetes?
Os Números que Assustam
Chicago, não podemos negar, vive dias tensos. Só neste ano, os índices de violência cresceram de forma preocupante — algo em torno de 15% nos crimes violentos, segundo dados oficiais. A prefeita Lori Lightfoot já havia pedido reforços, mas talvez não esperava por uma intervenção tão... digamos, espetacular.
Trezentos homens fardados não chegam discretamente. É um statement, uma declaração de intenções que vai muito além da segurança pública.
E Agora, José?
O que me deixa pensando é: até onde vai esse cabo de guerra entre o federal e o local? Portland conseguiu frear a intervenção, mas Chicago parece ter abraçado o polêmico "presente".
Especialistas que acompanho já sinalizam preocupação. "É um precedente perigoso", me disse um professor de direito constitucional que preferiu não se identificar. "Quando o federal pisa no local, a linha é tênue entre ajuda e invasão."
Enquanto isso, nas redes sociais, a polarização reina. De um lado, os que celebram a "mão firme"; do outro, os que veem autoritarismo disfarçado de boa vontade.
Uma coisa é certa: Trump continua sabendo como ocupar o centro do palco. Resta saber se este ato terá um final feliz — ou se será mais um drama na já conturbada relação entre Washington e as grandes cidades americanas.