
Imagine só: você sai de casa pra curtir um evento esportivo, aquele clima animado, música alta, galera empolgada... e de repente, tudo vira um filme de terror. Foi assim que um tio descreveu o momento em que seu sobrinho de 12 anos foi atropelado durante uma competição de skate em Limeira, no interior de São Paulo.
"A gente foi pra ver um esporte, não pra passar por esse sufoco", desabafou o homem, que preferiu não se identificar. Segundo ele, o garoto — um apaixonado por manobras radicais — estava na plateia quando um skatista perdeu o controle e voou direto sobre as barreiras.
O que diabos aconteceu?
Testemunhas contam que o atleta, durante uma manobra de alto risco, simplesmente... perdeu o eixo. Literalmente. O skate virou um projétil desgovernado, e o competidor — que deveria estar no half-pipe — acabou voando como um foguete mal lançado sobre os espectadores.
"Foi tudo tão rápido que ninguém teve tempo de reagir", relatou uma mãe que estava com os filhos no local. "Um segundo tava todo mundo gritando 'olha a volta!', no seguinte era só gente correndo e chorando."
As consequências
O adolescente — que por sorte não sofreu ferimentos graves — foi levado às pressas para o Hospital Municipal Dr. Francisco Ribeiro Arantes. Médicos afirmam que ele teve muita, mas muita sorte mesmo: fraturas leves e escoriações, quando poderia ter sido muito pior.
Enquanto isso, os organizadores do evento se defendem: "Tomamos todas as medidas de segurança previstas no protocolo". Mas será? Porque pelos relatos, a área dos espectadores ficava a menos de 3 metros da pista — distância que qualquer leigo em física sabe que é insuficiente pra frear um adulto em alta velocidade.
E agora?
A Polícia Civil já abriu inquérito pra apurar possível negligência. Enquanto isso, três perguntas ficam no ar:
- Por que eventos radicais ainda subestimam a segurança do público?
- Até quando vamos tratar acidentes evitáveis como "fatalidade"?
- Quantas tragédias são necessárias pra alguém tomar uma atitude?
O tio do garoto resume melhor que ninguém: "Skate é cultura, é esporte, é vida. Mas sem segurança, vira roleta russa com plateia". E cá entre nós, ele tem toda a razão.