
O que começou como uma simples discussão no trânsito — daquelas que todo paulistano já viveu ou presenciou — terminou em sangue na manhã desta quarta-feira. Um motorista de 32 anos morreu após ser atingido por disparos na altura do km 25 da Rodovia dos Bandeirantes, em Jundiaí.
Segundo testemunhas, tudo não passava de uma briga besta. Dois carros se fechando, buzinadas, xingamentos... O tipo de situação que normalmente termina com cada um seguindo seu caminho, resmungando no volante. Mas desta vez, o clima esquentou demais.
Da discussão ao desastre
"Foi tudo muito rápido", conta um vendedor ambulante que preferiu não se identificar. "Um dos carros parou na frente do outro, os dois desceram aos berros. Aí ouvi uns três estouros e um deles caiu no chão."
A vítima, identificada como Carlos Eduardo Silva, recebeu três tiros no peito. Mesmo com o socorro imediato da Polícia Rodoviária — que por sorte estava a menos de 1 km dali — não resistiu aos ferimentos.
O suspeito fugiu, mas...
O autor dos disparos, segundo relatos, fugiu em um carro prata — possivelmente um Gol ou Palio (as testemunhas divergem nesse detalhe). Mas a Polícia Civil já trabalha com imagens de câmeras de segurança da rodovia e acredita ter pistas concretas.
"Temos informações que podem levar à identificação do suspeito em breve", adiantou o delegado responsável, sem dar muitos detalhes para não atrapalhar as investigações. Mas fontes próximas ao caso revelam que já sabem até o bairro onde o homem pode estar escondido.
Trânsito + nervos à flor da pele = combinação perigosa
Psicólogos de tráfego alertam: situações como essa são mais comuns do que imaginamos. "O trânsito coloca as pessoas em um estado de estresse crônico", explica a Dra. Fernanda Gomes. "Alguns minutos de discussão podem liberar uma raiva acumulada de meses."
E os números assustam: só neste ano, a Polícia Rodoviária já registrou 47 casos de agressão física em rodovias da Grande SP — 12 deles com uso de arma de fogo. Um aumento de 30% em relação ao mesmo período de 2023.
Lição que fica
Enquanto a polícia corre atrás do suspeito, familiares da vítima se despedem de um filho, irmão e pai de duas crianças. Tudo por causa de uma discussão que — vamos combinar — não valia a pena.
Fica o alerta: no trânsito como na vida, às vezes é melhor engolir o orgulho e seguir em frente. Como diz o ditado, "entre se dar razão e se dar mal, muitos escolhem errado".