A rotina matinal do bairro Flores, normalmente agitada pelo vai e vem de trabalhadores, foi interrompida por uma cena devastadora. Por volta das 7h30 desta terça-feira, o que deveria ser mais um dia comum terminou em tragédia numa das vias do conjunto Atílio Andreazo.
Os detalhes são severos. Testemunhas que presenciaram o ocorrido – e ainda estavam visivelmente abaladas – contaram que foi tudo muito rápido. Um choque violento, um ruído de metal se estilhaçando que ecoou pela redondeza. O motociclista, um homem que ainda não teve a identidade revelada, não resistiu ao impacto. A batida foi de uma força tão bruta que ele foi arremessado para longe do veículo.
O socorro, pra variar, correu pro lado. Apesar do rápido acionamento do Samu, quando a equipe médica chegou ao local já era tarde demais. Os paramédicos só puderam constatar o óbito. Nada mais podia ser feito, disseram. Uma daquelas cenas que ficam na memória de quem vê.
O Que Resta no Asfalto
No cenário, a motocicleta, totalmente destruída, contava a história silenciosa da violência da colisão. O carro envolvido, um Honda Fit, também ficou com a frente amassada. A Polícia Militar isolou a área rapidamente, iniciando os trabalhos de perícia para tentar reconstituir a sequência exata dos fatos.
E aí vem a pergunta de sempre, né? O que teria causado esse desastre? Alguns murmúrios entre os presentes falavam de possível desatenção, talvez uma ultrapassagem mal calculada. Mas a verdade é que, no trânsito de Manaus – caótico em tantos horários –, qualquer segundo de distração pode custar tudo. Tudo mesmo.
O corpo foi encaminhao para o Instituto Médico Legal (IML), onde passará por exames. Enquanto isso, a família do motociclista, que deve ser localizada a qualquer momento, enfrenta a pior notícia possível sem nenhum preparo. Do nada.
Além do Acidente: Um Problema que se Repete
Isso não é um incidente isolado, infelizmente. Todo mundo sabe. Basta ligar a TV ou abrir um jornal que a gente se depara com notícias assim com uma frequência assustadora. O trânsito no Amazonas, especialmente na capital, vive uma epidemia de acidentes graves. E aí a gente se pergunta: quando é que as coisas vão mudar de verdade?
Campanhas educativas são importantes, claro. Mas será que são suficientes? Talvez seja preciso mais fiscalização, mais radares, mais algo que faça o motorista – de carro ou de moto – pensar duas vezes antes de uma manobra arriscada.
Por hoje, o que resta é o luto de uma família e mais um número triste somado às estatísticas. Um lembrete mórbido, mas necessário, de que no asfalto a vida pode ser surpreendentemente frágil.
