Tocantins: Veículo é Resgatado do Rio Após Colapso de Ponte que Chocou o País — Veja o Vídeo Impressionante
Caminhonete resgatada do Rio Tocantins após desabamento

Quase um mês se passou desde aquele dia que parou o coração de quem trafegava pela BR-226. Lembra? A ponte simplesmente cedeu, levando consigo uma caminhonete e, tragicamente, duas vidas que sumiram nas águas turvas do Rio Tocantins. O silêncio tomou conta do local, mas o trabalho das equipes de resgate nunca parou.

E então, nesta quarta-feira (20), o cenário de suspense finalmente teve um capítulo concluído. Uma operação de tirar o fôlego — daquelas que a gente só vê em filme — conseguiu fisgar o veículo do leito do rio. A tal caminhonete HB20, que virou o símbolo dessa tragédia, foi puxada para a superfície, um testemunho de aço amassado de um momento de puro horror.

O vídeo é de cortar a respiração. Mostra o guindaste, pacientemente, trazendo à tona o que restou do carro, todo enlameado e destruído. Uma cena ao mesmo tempo aliviante e profundamente triste. Aliviante porque era um passo necessário, triste porque dentro dele não estavam os dois ocupantes que seguem desaparecidos. A esperança, é claro, é a última que morre, mas o tempo é um inimigo cruel nesses casos.

Toda a logística foi um quebra-cabeça complexo. Imagina só: fechar uma rodovia federal importante, coordenar mergulhadores em uma correnteza nem sempre amigável, e operar maquinário pesado na beira do rio. O Corpo de Bombeiros, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a concessionária responsada pela estrada suaram a camisa para fazer isso dar certo. Foi preciso uma verdadeira força-tarefa.

E o que explica essa demora toda, você pode se perguntar. Bom, as condições do rio são uma variável imprevisível. A água não está para brincadeira — o nível subiu, a correnteza ficou mais forte, e a visibilidade lá embaixo é praticamente zero. Cada mergulho era uma missão de risco. Sem contar a estrutura da própria ponte, que, mesmo depois do desabamento, precisava ser avaliada para não colapsar ainda mais durante o resgate.

O destino dos dois homens que estavam no veículo, um de 42 e outro de 22 anos, ainda é uma ferida aberta para as famílias. As buscas, claro, não terminaram com o resgate da caminhonete. Os trabalhos continuam, agora com um foco ainda mais intenso e doloroso em localizar qualquer vestígio que possa trazer um pouco de paz para quem espera.

Esse desastre jogou um holofote brutal — e necessário — sobre o estado de conservação de nossas estradas e pontes. Quantas outras estão por aí, esperando só uma vibração errada para virar notícia? A PRF já confirmou que a investigação sobre as causas do colapso segue a pleno vapor. Afinal, foi um defeito estrutural? O excesso de peso? Uma combinação fatal de fatores? A resposta é mais do que necessária; é uma obrigação com quem paga impostos e confia nessas vias.

Enquanto isso, a nova ponte, construída às pressas ao lado da antiga, já está em funcionamento. A vida segue, o tráfego volta ao normal, mas a lembrança do que aconteceu naquele pedaço do Rio Tocantins dificilmente será apagada. Fica aquele aperto no peito, aquele lembrete mudo de como tudo pode mudar em uma fração de segundo.