
Era por volta das 3h da madrugada quando o silêncio da Rodovia dos Tamoios foi quebrado por um estrondo ensurdecedor. Um caminhão carregado — quem sabe de sonhos, quem sabe de mercadorias — colidiu de frente com um dos pilares do viaduto em São José dos Campos. O impacto? Digno de filme de ação, mas sem plateia para aplaudir.
O motorista, um homem de 45 anos cuja identidade ainda não foi revelada, não teve chance. Nem o airbag, nem o cinto, nem a experiência nas estradas — nada foi suficiente diante da física implacável. O veículo ficou irreconhecível, um amontoado de ferro retorcido que nem os bombeiros, acostumados a cenas duras, conseguiam acreditar.
O que se sabe até agora
- Horário: Por volta das 3h15 da madrugada desta sexta-feira (1º)
- Local: KM 23 da Tamoios, altura do viaduto na região sul de São José
- Estado do veículo: Totalmente destruído — "Parecia uma lata de refrigerante amassada", disse um socorrista
Testemunhas — aquelas poucas almas que circulam naquele horário fantasma — contam que o caminhão "desapareceu" na curva antes do viaduto. Seria sono? Falha mecânica? Excesso de confiança? A polícia rodoviária ainda tira o pó dos fatos, mas uma coisa é certa: mais uma família recebeu aquela ligação que ninguém quer atender.
O depois do pesadelo
O trânsito, claro, virou um inferno. A pista ficou interditada por quase 6 horas enquanto peritos faziam seu trabalho minucioso — medindo marcas de frenagem, recolhendo fragmentos de vidro que brilhavam como lágrimas no asfalto. Enquanto isso, filas e mais filas de carros formavam um cortejo fúnebre involuntário.
"Já vi cada coisa nessa rodovia, mas essa... essa foi de cortar o coração", comentou um caminhoneiro que passava pelo local, o olho cheio daquela mistura de pena e alívio por não ser ele.
A Tamoios, aquela estrada que serpenteia o Vale do Paraíba, já teve seus dias melhores. Só neste ano, foram 14 acidentes graves nos mesmos 30km — número que faz qualquer um se perguntar se não está na hora de repensar aquela sinalização, ou quem sabe a iluminação, ou talvez até a maldita pressa que a gente carrega no pé direito.