Adolescente de 14 anos capota caminhonete após fugir da polícia em Ribeirão Preto
Adolescente de 14 anos capota caminhonete em Ribeirão Preto

Imagine só: uma caminhonete Silverado, daquelas grandes, sendo pilotada por um garoto que mal saiu da sétima série. Pois é. Na noite de terça-feira (19), por volta das 23h, a cena surreal se desenrolou nas ruas do Jardim João Rossi, em Ribeirão Preto, e terminou — como só poderia terminar — em tragédia anunciada.

Não deu outra. Ao avistarem o veículo, os agentes da Força Tática do 9º Batalhão fizeram sinal para que parasse. Qualquer um com um pingo de juízo teria cooperado. Mas o adolescente, movido por Deus sabe qual impulso, pisou fundo. A tentativa de fuga foi curta, violenta e absolutamente previsível.

Numa curva mal calculada, o pesado Chevrolet perdeu o controle completamente. O que se seguiu foi um daqueles estardalhaços que ecoa pela noite — metal contra asfalto, vidro estilhaçando, o silêncio perturbador que vem logo depois.

O que a perícia vai encontrar

O carro capotou. Óbvio. Ficou de rodas para o ar, um monumento à imprudência. E dentro dele, ileso fisicamente pelo que é um verdadeiro milagre, estava o motorista. Um menino. Quatorze anos, gente. A idade de jogar videogame e se preocupar com prova de matemática, não de comandar uma tonelada de aço.

O socorro chegou rápido, felizmente. O Corpo de Bombeiros e o SIATE (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram acionados e encontraram… surpresa. Nada de ferimentos graves. O garoto saiu andando, assustado é claro, mas inteiro. Um final feliz? Nem de longe.

As consequências que vêm aí

Ele foi levado para a delegacia, acompanhado pela mãe — que deve ter tido um dos piores sustos da sua vida. Agora, a justiça vai precisar desvendar esse nó. De quem é o carro? Por que um adolescente tinha as chaves? O que passa na cabeça de uma família que permite, mesmo que por omissão, uma roleta-russa dessas?

O caso foi registrado como 'acidente de trânsito' no distrito de Ribeirão Preto, mas todo mundo sabe que é muito mais que isso. É um retrato falado de uma quebradeira generalizada de responsabilidade. E serve de alerta máximo: se um menino de 14 anos consegue pegar uma Silverado e sair por aí, o problema é muito, muito mais fundo do que uma simples infração de trânsito.