Tecnologia verde revoluciona proteção das florestas brasileiras
Um sistema inovador de inteligência artificial está transformando o combate aos incêndios florestais no Brasil. Desenvolvido pela climatech Grauemeio, o sistema Pantera utiliza câmeras inteligentes capazes de detectar focos de incêndio a impressionantes 20 quilômetros de distância.
O mecanismo funciona de forma rápida e eficiente: assim que identifica um princípio de incêndio, o sistema envia alertas para celulares cadastrados em questão de segundos. Essa agilidade na comunicação permite respostas imediatas das equipes de contenção, aumentando significativamente as chances de controlar o fogo antes que se propague.
Proteção em área crítica da Amazônia
Atualmente, o Pantera atua como vigilante de uma das regiões mais pressionadas por queimadas e desmatamento na Amazônia. Localizada em Roraima, a área protegida possui dimensões equivalentes a oito parques do Ibirapuera de São Paulo.
A implementação desta tecnologia resulta de uma parceria com a ZEG Florestal, unidade de negócios do Grupo Capitale Energia. A empresa é especializada em desenvolver soluções para reduzir a pegada de carbono, incluindo projetos REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal).
Graças a esta colaboração, o projeto se tornou o primeiro REDD+ do Brasil a adotar um sistema de monitoramento contra incêndios em tempo real, elevando os padrões de integridade e rastreabilidade no mercado voluntário de carbono.
Expansão para outros biomas brasileiros
Os benefícios do monitoramento inteligente não se limitam à área de conservação. O sistema também abrange a área urbana de Caracaraí, em Roraima, proporcionando maior segurança para os moradores locais.
Além da Amazônia, outros biomas brasileiros já recebem projetos-piloto e sistemas operacionais similares. Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica contam com iniciativas pontuais de monitoramento e prevenção de incêndios.
No estado de São Paulo, mais especificamente na Serra do Japi, empresas que mantêm florestas plantadas já utilizam câmeras com inteligência artificial para proteger suas áreas contra incêndios.
Esta solução tecnológica surge como resposta a um dos maiores desafios na preservação dos biomas brasileiros: a escassez de efetivo humano para vigiar extensas áreas verdes, que frequentemente se tornam vulneráveis a invasões, devastações e grandes incêndios.