
Eis que o impensável acontece — ou pelo menos é o que Donald Trump quer fazer crer. Numa daquelas jogadas que só ele sabe executar, o ex-presidente americano sacou da cartola um suposto acordo entre Estados Unidos e China sobre o TikTok. Sim, aquela mesma plataforma que há meses vive no olho do furacão geopolítico.
Numa declaração que misturava seu estilo característico — meio businessman, meio showman — com um toque de diplomacia inesperada, Trump afirmou que as duas potências finalmente chegaram a um entendimento. Detalhes concretos? Bem, esses ficaram um tanto nebulosos, como de costume.
O Prazo que Não Era Imutável
Lembram-se daquela data limite de 19 de setembro? Pois é, parece que os prazos são mais flexíveis do que aparentavam. Trump não só anunciou o tal acordo como também prorrogou o período para a venda da operação americana do TikTok. A plataforma ganhou fôlego extra enquanto as negociações — que ninguém sabia que estavam ocorrendo — seguem seu curso.
O que me faz pensar: será que alguém realmente acreditava que a ByteDance abriria mão de seu aplicativo-estrela tão facilmente? A China nunca demonstrou a menor intenção de ceder à pressão americana, e agora… surpresa!
Os Bastidores que Ninguém Viu
O mais curioso dessa história toda é o timing. Enquanto a mídia tradicional especulava sobre possíveis compradores e valores de aquisição, nos bastidores — bem longe dos holofotes — negociações bilaterais estavam em andamento. Trump, sempre o mestre do teatro político, manteve isso em segredo até o momento exato de seu anúncio.
Não me surpreende, vindo dele. O homem sempre teve talento para o dramático.
O que Realmente Mudou?
Aqui está o cerne da questão: na prática, pouco se alterou. Os usuários americanos continuarão rolando seus vídeos curtos como se nada estivesse acontecido. A ByteDance mantém o controle — pelo menos por agora. E o governo chinês… bem, eles devem estar satisfeitos por evitar mais uma batalha tecnológica.
Mas fica a pergunta: isso é realmente um acordo ou apenas uma trégua temporária? Na política internacional, especialmente quando Trump está envolvido, nunca se sabe ao certo.
Uma coisa é certa: o TikTok vive para dançar outro dia. E os 170 milhões de usuários americanos podem respirar aliviados — por enquanto.