
Eis que Ribeirão Preto se prepara para mergulhar de cabeça em uma aventura tecnológica no trânsito — e olha, não são poucos os milhões envolvidos. A prefeitura vai desembolsar nada menos que R$ 20 milhões em um sistema inteligente de semáforos. Só tem um detalhe que tira o sono de qualquer contribuinte: nem mesmo o secretário de Transportes garante que a coisa vai funcionar direito.
Em uma sinceridade que beira o desconcertante, o secretário Sandro Breda soltou a bomba: "Não temos como garantir que vai funcionar". Parece piada, mas é a pura realidade. Vinte milhões de reais em jogo, e a certeza? Essa ficou pelo caminho.
O Que Exatamente Está Sendo Comprado?
A prefeitura adquiriu um pacote completo — 200 controladores eletrônicos e 20 centrais inteligentes. A promessa é sedutora: sincronizar os semáforos para melhorar o fluxo de veículos. Quem nunca ficou preso num corredor polonês de sinais vermelhos que atire a primeira pedra.
Mas cá entre nós, tecnologia em trânsito é como receita de bolo da vovó: o resultado depende de quem mexe na massa. A instalação e configuração ficam por conta da empresa Tecsys, que venceu a licitação. E adivinhem só — o contrato não prevê multas se o sistema der problema. Conveniente, não?
E Agora, José?
Enquanto isso, nós, meros mortais no volante, seguimos nos perguntando: será que dessa vez vai? Ribeirão Preto, com seu trânsito cada vez mais caótico, precisa urgentemente de soluções. Mas soluções que funcionem, por favor.
O secretário tenta acalmar os ânimos dizendo que "se não funcionar, a gente tira". Fácil dizer quando não é o seu dinheiro que está sendo tirado do bolso, né? Vinte milhões daria para fazer muita coisa na cidade — desde melhorar ruas até investir em transporte público.
O que me deixa pensando: em pleno 2025, com tanta tecnologia disponível, por que ainda apostamos em projetos sem garantias? Parece aquela história do ovo na cesta — só sabemos se quebrou quando cai.
Enquanto a poeira não assenta, resta torcer para que os semáforos inteligentes não sejam só mais uma promessa vazia. Porque no final das contas, quem paga o pato — ou melhor, os vinte milhões de patos — somos todos nós.