Uma recente pesquisa da Ativaweb revelou uma mudança significativa no panorama digital da família Bolsonaro. Michelle Bolsonaro emergiu como a nova força dominante nas redes sociais, superando todos os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro em seguidores no Instagram.
A nova rainha digital da direita
De acordo com os dados coletados em 7 de novembro de 2025, a ex-primeira-dama conquistou a posição de "coração digital da direita", marcando uma transição importante no bolsonarismo. Seu perfil no Instagram acumula impressionantes 7,6 milhões de seguidores, colocando-a à frente de todos os herdeiros políticos do clã.
O estudo aponta características distintas no público de Michelle: 69% são mulheres, demonstrando uma conexão particularmente forte com o eleitorado feminino. Seu conteúdo gera alto engajamento e trabalha com um forte apelo emocional, estratégia que tem se mostrado eficaz na construção de sua base digital.
O desempenho dos filhos Bolsonaro
A pesquisa detalha o desempenho individual de cada filho do ex-presidente nas redes sociais:
- Eduardo Bolsonaro: 7 milhões de seguidores, mantém discurso combativo do bolsonarismo original, mas registra queda no volume de interações
- Flávio Bolsonaro: 6,1 milhões de seguidores, adota linha institucional e equilibrada
- Carlos Bolsonaro: 3 milhões de seguidores, mantém influência nas bolhas mais fiéis
O relatório da Ativaweb descreve que "o bolsonarismo vive uma fase de transição: perdeu seu centro gravitacional, mas ainda domina o imaginário digital brasileiro". Juntos, os membros da família somam 24 milhões de seguidores apenas no Instagram.
Bolsonaro mantém o trono, mesmo em silêncio
Apesar do crescimento de Michelle e dos filhos, Jair Bolsonaro permanece como a figura mais influente da família. O ex-presidente mantém 27 milhões de seguidores somente nessa rede social, superando a soma de todos os familiares.
O dado é especialmente significativo considerando que Bolsonaro está em silêncio há três meses nas redes sociais. Alek Maracajá, CEO da Ativaweb, analisa: "A herança foi dividida, mas o trono ainda é de Bolsonaro. Mesmo em silêncio, o algoritmo ainda o reverencia".
Esta pesquisa demonstra a reorganização das influências dentro do bolsonarismo digital, com Michelle assumindo um papel central enquanto o patriarca mantém sua posição como a maior força individual, mesmo sem atividade recente nas plataformas.