Macaozinho: IA brasileira traduz debates da COP30 em 50 idiomas
IA brasileira Macaozinho traduz debates da COP30

O Brasil acaba de ganhar uma ferramenta tecnológica que promete revolucionar o acesso às discussões sobre mudanças climáticas. Batizado de Macaozinho, um chatbot de inteligência artificial foi lançado como parte das ferramentas de comunicação da COP30, conferência das Nações Unidas que teve início em Belém no último dia 10 de novembro.

Como funciona a IA brasileira

Diferentemente dos chatbots genéricos disponíveis no mercado, o Macaozinho foi desenvolvido com um propósito específico: democratizar o acesso a informações sobre sustentabilidade e mudanças climáticas. A ferramenta utiliza exclusivamente fontes oficiais e científicas, como documentos da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Essa característica técnica elimina um problema comum em sistemas de IA: as chamadas "alucinações", quando os chatbots apresentam informações incorretas ou inventadas. Como as fontes são restritas e verificadas, o conteúdo entregue pelo Macaozinho tem maior segurança e precisão.

Aplicações práticas da ferramenta

Disponível em mais de 50 idiomas, o chatbot se mostra particularmente útil para traduzir os temas complexos da COP30 para linguagem acessível. Professores de todo o Brasil e do mundo podem utilizar a ferramenta para preparar aulas e materiais didáticos sobre sustentabilidade.

Delegações técnicas e grupos de trabalho também encontram no Macaozinho um aliado valioso. A IA pode ajudar a rastrear documentos específicos, recuperar precedentes históricos e analisar textos complexos como o Protocolo de Quioto e o Acordo da Rio92.

Disponibilidade e acesso

Atualmente, o Macaozinho pode ser acessado através do site oficial da ferramenta ou pelo portal Route to Belém. Em breve, a previsão é que o chatbot esteja disponível também no WhatsApp, plataforma onde milhões de brasileiros já se comunicam diariamente.

O projeto faz parte da iniciativa Route to Belém, uma parceria entre o PNUD (Programas das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e a Secretaria de Clima, Meio Ambiente e Energia do Itamaraty. O objetivo central é ampliar o acesso às discussões sobre a crise climática, tornando informações técnicas compreensíveis para o público geral.

O nome Macaozinho homenageia a arara-macao, espécie brasileira que simboliza a riqueza da biodiversidade nacional. A escolha reforça o compromisso com a preservação ambiental que motiva toda a iniciativa.