Em uma declaração que promete abalar as estruturas do cenário político brasileiro, o ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou com todas as letras: 'Meu partido é a COP30'. A frase contundente foi proferida durante entrevista à revista Veja, revelando um impasse significativo com o União Brasil, sua legenda de origem.
Prioridade absoluta na agenda climática
O ministro deixou claro que sua atuação no governo Lula está completamente focada na organização da Conferência do Clima da ONU, que será sediada em Belém do Pará em 2025. 'Estou totalmente dedicado à COP30', enfatizou Sabino, demonstrando que o evento representa não apenas uma responsabilidade ministerial, mas uma missão pessoal.
O impasse partidário
A declaração surge em um momento de tensão política entre o ministro e o União Brasil. A legenda demonstrou insatisfação com a falta de articulação de Sabino para garantir mais espaço no governo federal. No entanto, o ministro adotou postura firme ao afirmar que não pretende se desgastar em disputas partidárias enquanto estiver à frente dos preparativos para a mega conferência ambiental.
COP30 como projeto de Estado
Celso Sabino defende que a COP30 transcende questões partidárias e deve ser tratada como um projeto de Estado. Em suas palavras, o evento representa uma oportunidade histórica para o Brasil reassumir protagonismo nas discussões climáticas globais e promover o desenvolvimento sustentável da região Norte.
Desafios logísticos e oportunidades
O ministro detalhou os enormes desafios logísticos para receber milhares de delegados internacionais em Belém, mas também destacou as oportunidades únicas:
- Fortalecimento do turismo sustentável na região amazônica
- Projeção internacional do Pará como destino estratégico
- Geração de empregos e desenvolvimento econômico regional
- Posicionamento do Brasil como líder em bioeconomia
Posicionamento estratégico do governo
A postura de Sabino reflete a estratégia do governo Lula de priorizar a agenda ambiental como eixo central de sua política externa. O ministro argumenta que 'não há espaço para jogos políticos tradicionais' quando o país está sob os holofotes mundiais nas discussões climáticas.
O impasse com o União Brasil continua sem resolução imediata, mas Celso Sabino deixa claro que, pelo menos até novembro de 2025, sua lealdade estará com o sucesso da COP30, independentemente das consequências políticas.
