
Parece que a casa caiu — e com estrondo. Durante o governo Bolsonaro, um personagem que ficou conhecido como "Careca do INSS" mantinha reuniões nada discretas nas dependências da Dataprev, empresa de tecnologia da Previdência Social. E olha, não era para tomar um cafezinho.
As investigações revelaram que essas reuniões aconteciam com uma frequência que cheira mal. Muito mal. Enquanto milhões de brasileiros enfrentavam filas intermináveis para conseguir seus benefícios, um grupo seleto de servidores e diretores se encontrava em salas fechadas, longe dos olhos curiosos.
O que diabos estava acontecendo?
Bom, essa é a pergunta de um milhão de dólares. As agendas de acesso aos prédios da Dataprev mostram visitas regulares desse tal "Careca" — um apelido que, convenhamos, não ajuda muito na discrição. Mas quem era ele? Um funcionário fantasma? Um lobista? Um operador político?
O que se sabe é que essas reuniões coincidiam com momentos cruciais para o INSS. Coincidência? Difícil acreditar. Parece mais aquela velha história de "panela que ferve, alguém põe a colher".
Os detalhes que incomodam
- Reuniões em horários incomuns — madrugadas e fins de semana
- Acesso privilegiado a áreas restritas da Dataprev
- Encontros com diretores nomeados pelo governo Bolsonaro
- Documentos que misteriosamente sumiam dos sistemas
Não é preciso ser um gênio para perceber que algo fedia — e não era o café da máquina. Enquanto o cidadão comum esperava meses por uma aposentadoria, esse pessoal fazia hora extra no sigilo.
E a Dataprev nessa história?
A empresa, que deveria zelar pela transparência dos sistemas previdenciários, parece ter virado quintal particular. A questão que fica: até que ponto a estrutura pública estava sendo usada para interesses privados?
Os funcionários de carreira, esses sim, ficavam de fora da festa. Sabe aquela sensação de que tem gente passando na sua frente na fila? Pois é, mas em escala monumental.
O mais irônico? Tudo isso acontecia sob o discurso de "combate à corrupção" e "transparência". Parece aquela piada antiga: faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.
As consequências
Os sistemas do INSS, que já não eram nenhuma maravilha, pioraram sensivelmente nesse período. Processos que deveriam ser digitais voltaram ao papel, os prazos aumentaram e o cidadão — sempre ele — pagou a conta.
E pensar que tudo isso poderia ter sido evitado com um pouco mais de, sei lá, honestidade? Talvez seja pedir muito.
Agora as investigações avançam, e cada nova descoberta é mais surpreendente que a anterior. O que mais vai sair dessa caixa de Pandora? Só o tempo — e a persistência dos investigadores — dirá.
Enquanto isso, o contribuinte brasileiro continua esperando seu benefício, sem imaginar que, nos bastidores, jogos de poder podem ter adiado seu direito. Triste, não?