Crise na BBC: vídeo manipulado de Trump expõe problemas sistêmicos
BBC em crise: vídeo manipulado de Trump gera escândalo

A BBC, a gigante britânica de comunicação, enfrenta uma das maiores crises de sua história após a revelação de que manipulou um vídeo do ex-presidente Donald Trump para sugerir que ele incitava a invasão violenta do Capitólio. O escândalo resultou na demissão do diretor-geral Tim Davie e da diretora de jornalismo Deborah Turness em 13 de novembro de 2025.

O caso do vídeo manipulado

O memorando independente que investigou o caso confirmou a manipulação do material jornalístico, levando à demissão dos dois principais executivos da emissora. A fraude tinha como objetivo convencer os espectadores que Trump estava incentivando a massa a invadir violentamente o Capitólio, quando na realidade o contexto completo da fala não sustentava essa interpretação.

Enquanto as atenções se concentravam no escândalo principal, outro fato paralelo quase passou despercebido: a apresentadora Martine Croxall recebeu uma advertência formal por ter usado a palavra "mulheres" ao ler um texto sobre precauções durante ondas de calor para "pessoas grávidas". Ela foi repreendida por chamar mulheres de mulheres em um claro caso de extremismo woke dentro da corporação.

Cultura organizacional problemática

A BBC, com seus vinte mil funcionários, tornou-se um reflexo da ideologia woke que predomina em diversas esferas da sociedade britânica. A emissora pública, que deveria manter imparcialidade, demonstra viés político sistemático em suas coberturas.

O problema vai além do jornalismo. No serviço público de saúde NHS, médicos de origem árabe ou muçulmana precisaram ser punidos por exaltarem o ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023. Manifestações antissemitas tornaram-se práticas frequentes, enquanto voluntários do National Trust foram advertidos ou dispensados por se recusarem a usar crachás com símbolos LGBT.

Consequências e reações

O escândalo na BBC fortaleceu politicamente Nigel Farage e seu partido Reforma, que according to pesquisas teria hoje uma vitória esmagadora se houvesse eleições. Farage comentou que a emissora foi "contaminada pelo vírus esquerdista" e reforçou sua defesa pela revisão da taxa anual de 179,50 libras que todos os britânicos pagam para assistir televisão.

Donald Trump anunciou um pedido de indenização de um bilhão de dólares contra a BBC, enquanto a emissora demonstra resistência em pedir desculpas não apenas ao ex-presidente americano, mas principalmente ao público que foi enganado pela manipulação jornalística.

O serviço em árabe da BBC precisou fazer 215 correções em suas reportagens após patrulha de uma organização pró-Israel, revelando o viés sistemático na cobertura do conflito entre Israel e Hamas. Em um caso extremo, o noticiário chegou a dizer que as brigadas do Hamas estavam "guardando" os reféns israelenses.

A crise na BBC representa mais do que um simples erro jornalístico - é o sintoma de um problema sistêmico que combina obsolescência tecnológica com viés ideológico incompatível com grande parte do público que financia a emissora através de taxas obrigatórias.