Idosa com Alzheimer é encontrada por reconhecimento facial em Ponta Grossa
Reconhecimento facial localiza idosa desaparecida em PG

Uma idosa de 68 anos portadora de Alzheimer foi localizada com sucesso em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, graças ao sistema de reconhecimento facial Muralha Digital. A tecnologia, que conta com mais de 750 câmeras espalhadas pela cidade, permitiu encontrar a mulher a mais de 11 quilômetros de sua residência.

Desaparecimento e busca

A idosa, que sofre de Alzheimer - um transtorno neurodegenerativo progressivo que afeta cognição e memória - havia saído de casa sozinha na noite de segunda-feira, dia 17. Preocupada, a família não conseguiu localizá-la na região e, na manhã seguinte, registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil.

O sistema da corporação é integrado ao Muralha Digital, gerenciado pela Guarda Civil Municipal, o que possibilitou o acionamento rápido dos mecanismos de busca. A tecnologia começou a procurar automaticamente pela idosa em toda a rede de câmeras da cidade.

Operação de resgate bem-sucedida

Na manhã de quarta-feira, dia 19, o sistema emitiu um alerta crucial. A Muralha Digital identificou a passagem da idosa nas proximidades do Terminal do Nova Rússia. Imediatamente, o Centro de Inteligência e Operações de Segurança acionou uma guarnição em campo que iniciou patrulhamento na região.

A equipe encontrou a mulher desorientada nas proximidades de um supermercado. Ela havia percorrido um trajeto impressionante: saindo do bairro Cará-Cará, no sudeste da cidade, até o Bairro Nova Rússia, no noroeste. Segundo o Google Maps, o caminho mais curto entre os dois pontos levaria pelo menos duas horas e meia de caminhada.

Como funciona o sistema

O Muralha Digital é um sistema automático que recebe fotos de registros policiais, incluindo desaparecimentos e mandados de prisão em aberto. O programa então inicia a busca pelas pessoas em toda a rede de câmeras espalhadas por Ponta Grossa.

Quando o sistema identifica alguma similaridade, gera um alerta para verificação dos guardas, mostrando a imagem capturada pela câmera de segurança ao lado da foto registrada no documento policial. Esta integração tecnológica permitiu que a idosa fosse encontrada rapidamente, garantindo sua segurança.

O caso demonstra como a tecnologia de reconhecimento facial pode ser uma aliada importante na segurança pública, especialmente em situações que envolvem pessoas vulneráveis, como idosos com condições médicas que comprometem sua orientação.