
François Fillon, que já ocupou o cargo de primeiro-ministro da França, soltou uma bomba no debate sobre tecnologia e menores de idade. Ele defende, com unhas e dentes, que adolescentes abaixo dos 15 anos deveriam ser simplesmente barrados das redes sociais. Ponto final.
E sabe de onde vem essa convicção toda? De uma tragédia que chocou a Europa. Um influenciador digital, só para ganhar likes e views, participou de um desafio mortal durante uma live. O resultado? Não sobreviveu.
«É simplesmente inaceitável que nossas crianças estejam expostas a esses perigos sem qualquer tipo de filtro», disparou Fillon, com aquela voz firme de quem já comandou um país. Ele não está pedindo educação digital ou controles parentais meigos. Ele quer é proibição na veia – uma restrição dura, sem meias palavras.
Não é papinho de político qualquer
Fillon lembra que, no mundo físico, a gente protege os jovens de tudo que é risco – não pode dirigir, não pode beber, não pode votar. Mas no digital? Liberou geral. E as plataformas, claro, lucram horrores com essa audiência cativa.
«Elas sabem perfeitamente do dano que causam», crava o ex-premiê, num tom que mistura raiva com frustração. «Mas o negócio delas é engajamento, não bem-estar.»
E o Brasil? Será que cola uma ideia dessas por aqui?
Imagina o rebuliço. De um lado, especialistas em saúde mental comemorariam – afinal, os índices de ansiedade e depressão entre adolescentes nunca estiveram tão altos. Por outro, vai ter gente gritando sobre censura, direito de acesso e liberdade individual.
Mas Fillon não tá nem aí para polêmica. Para ele, depois de uma morte evitável como essa, ficar em cima do muro é covardia. «Às vezes, proteger significa cortar o mal pela raiz, não dar palestrinhas.»
O caso do influenciador virou símbolo de uma geração que cresceu sob o fascínio das telas – e agora paga o preço por isso. Será que vamos esperar mais tragédias para agir?