Diretor de 'Exterminador do Futuro' teme apocalipse: 'Armas e IA são uma combinação perigosa'
Diretor de 'Exterminador' teme apocalipse com IA em armas

Imagine um mundo onde máquinas decidem quem vive ou morre. Parece roteiro de filme? Pois é exatamente isso que tira o sono de James Cameron, o gênio por trás de O Exterminador do Futuro. Em entrevista recente, o diretor soltou o verbo: "Estamos brincando com fogo ao misturar IA e armamentos".

O pesadelo que virou profecia

Quem diria que a ficção científica dos anos 80 bateria tão perto da realidade? Cameron — que praticamente inventou o gênero — parece estar assustado com o próprio sucesso. "Quando fizemos 'Exterminador', era só fantasia", confessa. "Hoje? É manual de instruções para o desastre."

E não é para menos. Enquanto você lê isso:

  • Drones autônomos já patrulham fronteiras
  • Algoritmos decidem alvos militares
  • Robôs-soldado estão em testes avançados

"Skynet não é mais piada"

A referência à rede de inteligência artificial que quase extermina a humanidade nos filmes não foi acidental. "Os generais me procuram para conversar sobre ética em IA", revela Cameron, com um sorriso amarelo. "Isso diz muito sobre o estado das coisas."

O cineasta — que também é mergulhador e cientista nas horas vagas — soltou uma pérola: "Tecnologia sem consciência é receita para o caos". E completou, num tom mais sombrio: "E nós estamos dando facas para crianças emocionalmente instáveis."

O paradoxo do progresso

Aqui está o pulo do gato: enquanto a IA avança a passos largos na medicina e na ciência, seu uso militar corre na frente, sem freios éticos. Cameron faz uma analogia certeira: "É como desenvolver remédios e venenos no mesmo laboratório, sem paredes entre eles."

E os números assustam:

  1. Orçamento militar em IA cresceu 300% em 5 anos
  2. 12 países já testam armas autônomas letais
  3. 0 — o número de tratados internacionais sobre o tema

No meio da entrevista, o diretor solta um suspiro pesado: "Talvez eu tenha ajudado a criar esse monstro." Referência clara à franquia que o consagrou — e que agora parece menos ficção, mais documentário.

E agora, José?

Cameron não é do tipo que fica só no discurso alarmista. Ele propõe soluções:

  • Tratados globais para regular IA militar
  • "Botões vermelhos" obrigatórios em sistemas autônomos
  • Engenheiros devem assinar juramento ético, como médicos

Mas será que alguém está ouvindo? "Hollywood me chama de paranóico", ri o cineasta. "Só que eu durmo tranquilo. Quem deveria perder o sono são os que ignoram os avisos."

Enquanto isso, em algum laboratório secreto, um algoritmo pode estar decidindo o futuro da humanidade. Ironia? Cameron diria que é só questão de tempo.